Defesa diz que ex-ministro atuou para demover Bolsonaro de golpe

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São Paulo, 3 de setembro de 2025 – O advogado do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueiraafirmou, durante o segundo dia de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da ação que apurasuposta trama golpista, que seu cliente tentou demover o ex-presidente Jair Bolsonaro de tentativasde golpe de Estado. Para Andrew Fernandes, está mais do que provado que o general Paulo Sérgio éinocente. As informações são da Agência Brasil.

Nesta quarta, a Primeira Turma do STF dá continuidade ao julgamento que pode condenar oex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados pela trama que teria o intento de reverter oresultado das eleições de 2022.

A delação e o depoimento da principal testemunha de acusação, o comandante da Força Aéreabrigadeiro Batista Júnior é contundente, acachapante, disse Fernandes.

O general Paulo Sérgio acabou sendo enredado em uma contumélia. Mas a prova dos autos, ainstrução judicial demonstrou, de forma inequívoca, a sua inocência, disse.

Ele assessorou o presidente da República [no sentido] de que nada poderia ser feito diante doresultado das eleições. É o que diz o delator. Se posicionou totalmente contrário a qualquermedida de exceção, completou.

Segundo Andrew Fernandes, membros da organização que orquestrava o golpe atuavam para retirarPaulo Sérgio do cargo. Pera lá. Como é que ele fazia parte da organização criminosa? É a provados nove. Se estavam lutando para tirá-lo?, questionou.

Está provado e mais do que provado que o general Paulo Sérgio é manifestamente inocente.

Julgamento

O julgamento da Primeira Turma entrou no segundo dia, nesta quarta-feira, com a sequência dasdefesas de quatro dos oito réus que compõem o núcleo crucial da denúncia apresentada pelaProcuradoria-Geral da República (PGR).

Jair Bolsonaro ex-presidente da RepúblicaAlexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)Almir Garnier – ex-comandante da MarinhaAnderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito FederalAugusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da DefesaWalter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022Mauro Cid ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Ontem foram ouvidas as defesas de quatro aliados do ex-presidente: o ex-ajudante de ordens deBolsonaro, Mauro Cid; o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagemo almirante Almir Garnier; e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Nesta retomada são ouvidas as sustentações dos advogados de Bolsonaro; do ex-ministro do Gabinetede Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; de Paulo Sérgio Nogueira e do general BragaNetto, ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022.

Ao todo, foram destinadas oito sessões para análise do caso, marcadas para ontem (2), hoje, e paraas próximas terça-feira (9), quarta-feira (10) e sexta-feira (12), quando deverá ser conhecida asentença com a condenação ou absolvição dos oito réus que são julgados nesta etapa.

O julgamento é realizado na sala de audiências da Primeira Turma, em um anexo do Supremo, etransmitido ao vivo por TV e Rádio Justiça e pelo canal oficial do STF no YouTube.

Crimes

Os réus respondem no Supremo pelos crimes de:

organização criminosa armada,tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito,golpe de Estado,dano qualificado pela violência e grave ameaça,deterioração de patrimônio tombado.

A exceção é o caso do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Abin AlexandreRamagem, que, atualmente, é deputado federal. Ele foi beneficiado com a suspensão de parte dasacusações e responde somente a três dos cinco crimes. A possibilidade de suspensão estáprevista na Constituição.

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