Desemprego tem menor nível de série histórica em 12 estados

Uma image de notas de 20 reais

Imagem gerada por IA
Compartilhe: Ícone Facebook Ícone X Ícone Linkedin Ícone Whatsapp Ícone Telegram

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A taxa de desemprego atingiu o menor nível da série histórica em 12 estados, incluindo São Paulo, no segundo trimestre de 2025. É o que apontam dados divulgados nesta sexta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O movimento segue a tendência verificada no Brasil, cuja taxa caiu para a mínima de 5,8% no mesmo período até junho. As informações integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que começou em 2012.

Os estados que registraram os seus menores níveis de desemprego foram os seguintes: Amapá (6,9%), Rio Grande do Norte (7,5%), Paraíba (7%), Alagoas (7,5%), Sergipe (8,1%) e Bahia (9,1%), no Norte e no Nordeste; Minas Gerais (4%), Espírito Santo (3,1%), São Paulo (5,1%), Santa Catarina (2,2%) e Rio Grande do Sul (4,3%), no Sudeste e no Sul; e Mato Grosso do Sul (2,9%), no Centro-Oeste.

“O mercado de trabalho está resistente a pioras. Esses dados do segundo trimestre confirmam isso”, afirmou William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE.

Santa Catarina, que registrou a mínima nos três meses até junho, é o estado com a menor desocupação do Brasil (2,2%).

Kratochwill destacou que 23% da população ocupada com trabalho no mercado catarinense pertence à indústria. É o maior percentual do setor no país.

Apesar de indicar um momento considerado positivo, a pesquisa do IBGE reforça a manutenção de desigualdades regionais.

A Bahia, por exemplo, mostrou a sua menor taxa na série histórica (9,1%), mas é o estado com o segundo maior desemprego do Brasil. Fica atrás apenas de Pernambuco (10,4%), o único local com desocupação acima de 10%.

INFORMALIDADE SUPERA 50% EM SETE ESTADOS

Além do desemprego, outro indicador que mostra diferenças entre os estados é a taxa de informalidade.

Trata-se do percentual de trabalhadores ocupados que recorrem a atividades informais (sem carteira assinada ou CNPJ).

No segundo trimestre de 2025, a taxa de informalidade superou 50% em sete estados. Ou seja, os informais representavam mais da metade dos ocupados.

Foram os casos de Maranhão (56,2%), Pará (55,9%), Bahia (52,3%), Amazonas (52,1%), Piauí (51,8%), Ceará (51%) e Paraíba (50,4%).

Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%), por outro lado, mostraram as menores taxas. No Brasil, o patamar de informalidade foi de 37,8% no segundo trimestre.

DIFERENÇAS ENTRE HOMENS E MULHERES

Os dados apontam que tanto os homens quanto as mulheres mostraram as menores taxas de desemprego da série histórica: 4,8% e 6,9%, respectivamente.

O indicador masculino segue abaixo da média brasileira (5,8%), enquanto o feminino supera o patamar do país como um todo.

O IBGE também calcula o desemprego de acordo com o tempo de procura por trabalho.

Do total de 6,3 milhões de desocupados no Brasil no segundo trimestre, uma parcela de 1,3 milhão estava em busca de vagas havia dois anos ou mais, o equivalente a 20%.

É o que os especialistas chamam de desemprego de longa duração. A menor participação desse grupo na série histórica foi de 17% em 2014 e 2015. O maior patamar ocorreu no quarto trimestre de 2021, na pandemia: 30,2%.

Voltar ao topo