Embaixada dos EUA reproduz texto chamando Moraes de 'violador de direitos'

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil traduziu e republicou nesta sexta-feira (12) um texto do Subsecretário de Estado para a Diplomacia Pública e Assuntos Públicos dos Estados Unidos, Darren Beattie, criticando o ministro Alexandre de Moraes após a condenação de Jair Bolsonaro.

O QUE ACONTECEU

“Essa decisão é mais um capítulo do complexo de perseguição e censura do ministro Moraes, um violador de direitos humanos”, afirmou o texto. A mensagem foi republicada na madrugada desta sexta-feira (12), horas após a decisão do STF.

A publicação de Beattie cita nominalmente a condenação de Bolsonaro e também afirma que quatro dos cinco ministros do STF votaram a favor da condenação. A mensagem também chama o caso de “sombrio desdobramento” e diz que os EUA tratam a situação “com a máxima seriedade”.

Esta não é a primeira vez que a embaixada republica alguma mensagem do governo americano contra Moraes e o STF. Pouco antes de publicar a mensagem do diplomata americano, o órgão também traduziu um texto do Secretário de Estado Marco Rubio afirmando que o Brasil vive “perseguições políticas” e do vice-secretário Christopher Landau, afirmando que o Brasil “usa a lei como uma arma política”.

País americano não aplicou novas sanções após a condenação, mas fez ameaças recentes de usar “poderio militar e econômico para defender a liberdade de expressão”. A declaração foi dada pela secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, durante julgamento de Bolsonaro.

O julgamento de Bolsonaro foi citado explicitamente em carta na qual os Estados Unidos anunciaram tarifaço de 50% contra o Brasil. No documento, Trump chamou o julgamento de “caça às bruxas”, e exigiu sua interrupção “imediatamente”.

Até o agora, Trump impôs sanções econômicas ao Brasil e aplicou a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes. O país também suspendeu o visto de Moraes e de outros sete ministros do STF.

Expectativa internacional – que não foi cumprida – era de que EUA pudessem agir com sanções em tempo real durante o julgamento. Entre as sanções esperadas estavam novas rodadas de cassação de vistos a autoridades brasileiras e novas medidas financeiras.

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