Embaixador dos EUA em Israel alfineta Macron e diz que palestinos podem ir para a Riviera Francesa

Uma image de notas de 20 reais

Imagem gerada por IA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O embaixador dos Estados Unidos em Israel, Mike Huckabee, sugeriu nesta sexta-feira (25) que o presidente francês, Emmanuel Macron, ofereça uma parte do território da França para os palestinos da Faixa de Gaza.

A alfinetada ocorre um dia após Macron anunciar que a França reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina, tornando-se o primeiro integrante do G7 a tomar a decisão e aplicando a Israel seu maior revés desde o início do conflito na Faixa de Gaza.

“A ‘declaração’ unilateral de Macron sobre um ‘Estado palestino’ não disse ONDE ele seria. Agora posso revelar com exclusividade que a França oferecerá a Riviera Francesa, e a nova nação se chamará ‘Franc-en-Stine'”, escreveu Huckabee no post X.

O embaixador faz um trocadilho com uma declaração do presidente Donald Trump em que ele falou em assumir o controle da Faixa de Gaza e transformá-la em uma “Riviera do Oriente Médio”. A Riviera Francesa é uma famosa região costeira do sul da França banhada pelo Mar Mediterrâneo, onde ficam cidades como Cannes, Nice e Saint-Tropez.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, também se pronunciou, afirmando que a decisão da França é “um tapa na cara das vítimas do 7 de outubro [de 2023]”e “serve à propaganda do Hamas e retrocede a paz”.

“Os Estados Unidos rejeitam veementemente o plano de Emmanuel Macron de reconhecer um Estado palestino na Assembleia Geral da ONU. Essa decisão irresponsável apenas serve à propaganda do Hamas e representa um retrocesso para a paz. É um tapa na cara das vítimas de 7 de outubro”, escreveu Rubio no X.

Macron afirmou que fará o anúncio formal de reconhecimento em setembro, na Assembleia-Geral das Nações Unidas, nos Estados Unidos. Ele publicou a carta que enviou ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, comunicando a decisão.

A decisão do presidente francês aumenta a pressão diplomática que os países europeus vêm exercendo sobre Israel —ainda que não tenham, por enquanto, colocado em questão as exportações de armas e cooperação militar com Tel Aviv.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, reagiu rapidamente ao anúncio de Macron, repetindo o argumento de que, com o reconhecimento, a França “recompensa o terrorismo e arrisca a criação de outro aliado iraniano” que poderia ameaçar Israel. O ministro da Defesa, Israel Katz, disse que a decisão de Macron “é uma vergonha e uma rendição ao terrorismo”.

MAIS LIDAS

Voltar ao topo