Entrada de sócios internacionais na A5X pode colocar receitas da cia em risco, segundo analistas

Uma image de notas de 20 reais

São Paulo, 10 de janeiro de 2025 – A notícia de que a A5X, nova bolsa de derivativos e futuros noBrasil que deve entrar em operação até 2026, atraiu novos cinco sócios internacionais podecolocar as receitas da B3 em risco, na avaliação de analistas.

Segundo o jornal Valor Econômico de ontem (9), IMC Trading, Jump Trading Group, Optiver, XTXMarkets e ABN Amro Clearing serão sócios da A5X. As quatro primeiras são responsáveis por 50-60%do volume de derivativos, opções e contratos futuros atualmente negociado na B3. O processo deautorização junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e ao Banco Central está emandamento, e a expectativa é iniciar operações no 1º semestre de 2026.

“A entrada de grandes players globais de trading, como IMC Trading, Jump Trading, Optiver e XTXMarkets responsáveis por mais de 50% do volume atual de derivativos da B3 na A5X pode representarum grande desafio para a B3. Caso a A5X se torne operacional conforme o planejado, há o risco deesses traders concentrarem suas operações na nova bolsa, o que poderia impactar significativamenteas receitas da B3 no segmento de derivativos. O segmento de derivativos representa um pilarimportante na estratégia de diversificação de receitas da empresa e menor dependência dosegmento de cash equities”, comenta a Genial Investimentos, sobre a notícia.

O UBS BB disse que a notícia representa mais um vento contrário para a B3, pois pode desviar aatividade de negociação e intensificar a concorrência no segmento de derivativos, em relatório aclientes divulgado nesta sexta.

Em relatório divulgado na segunda-feira (6), o Goldman Sachs alterou a recomendação da ação daB3 de neutra para compra e comentou que a B3 enfrentará, além da A5X, a concorrência da ATG, quepretende lançar uma bolsa de valores e operação de compensação no 2S25, e da Cerc, que estábuscando autorização para uma bolsa de renda fixa no 1T25. “Embora o risco de concorrência crieuma sobrecarga nas ações, achamos que o risco final para os lucros pode ser administrável”,comentaram os analistas.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

Copyright 2025 – Grupo CMA

Voltar ao topo