EUA retiram tarifa de 10% sobre celulose e beneficiam indústria brasileira

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em ordem executiva publicada na última sexta-feira (5), o presidente Donald Trump retirou a tarifa de 10% sobre a celulose importada pelos Estados Unidos.

A decisão beneficia a indústria brasileira, que exportou 2,8 milhões de toneladas do produto para o país no ano passado. Isso representa cerca de 15% das vendas de celulose (de todos os tipos) para o exterior no mesmo período.

A estimativa da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos é que as exportações para os EUA caíram 15,2% em valor e 8,5% em volume entre janeiro e maio de 2025, principalmente por causa das tarifas aplicadas.

A celulose já estava isenta da sobretaxa de 40% imposta pelo governo Trump a outros produtos brasileiros. Agora está liberada também da chamada tarifa recíproca de 10%.

Estão incluídas na isenção três descrições de celulose. Ainda continuam válidos os 50% aplicados a papéis em geral e painéis de madeira.

“A medida beneficia mais de 90% da celulose exportada pelo Brasil aos Estados Unidos. Trata-se de uma decisão muito positiva, que partiu do governo americano, acreditamos que muito graças aos esforços de clientes que levam ao governo peculiaridades de produtos e matérias-primas essenciais ao país. Isso reforça a importância do caminho da diplomacia e do diálogo”, afirma Paulo Hartung, presidente da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores).

“É necessário que o governo se mantenha firme na busca de canais, assim como empresários devem manter o contato constante com seus clientes e fornecedores.”

As empresas brasileiras exportadoras se mobilizaram, com contratação de escritórios de advogados e de lobistas, função regulamentada nos Estados Unidos. Fornecedores e clientes que necessitam da celulose importada também ajudaram no pedido para que a taxa fosse revista.

Existe uma demanda interna americana, que necessita de insumos para produzir papel higiênico, fraldas e lenços umedecidos.

Suzano e Eldorado Brasil são as duas principais empresas brasileiras exportadoras de celulose para os Estados Unidos.

A Suzano vendeu cerca de 50% das 2,8 milhões de toneladas enviadas para o país e era a mais afetada pela sobretaxa.

Consultadas pela reportagem, a Suzano não respondeu até o momento. A Eldorado Brasil informou que não vai se pronunciar.

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