Exército de Israel afirma que controla 40% da cidade de Gaza e vai expandir ofensiva nos próximos dias

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São Paulo, 4 de setembro de 2025 – O Exército de Israel afirmou nesta quinta-feira que jácontrola 40% da cidade de Gaza e que pretende expandir sua ofensiva nos próximos dias. Segundo oporta-voz militar general Effie Defrin, as tropas avançaram para os bairros de Zeitoun e SheikhRadwan, e o objetivo continua sendo eliminar a infraestrutura do Hamas, resgatar os reféns eencerrar o domínio do grupo no território. Ele alertou que, se não houver um plano político”para o dia seguinte”, Israel poderá impor um regime militar em Gaza, proposta defendida pormembros ultradireitistas do governo Netanyahu.

A ofensiva terrestre começou em 10 de agosto e já gera crescente pressão internacional peloagravamento da crise humanitária, além de tensões internas em Israel entre autoridades políticase comandantes militares. Moradores relataram bombardeios intensos em vários distritos, como Tuffah,Shejaia e Sabra, com destruição de casas, incêndios em acampamentos e dezenas de mortes emataques aéreos. Autoridades locais disseram que apenas na cidade de Gaza, nesta quinta, pelo menos53 palestinos foram mortos.

Apesar de Israel ter ordenado novo esvaziamento da cidade, milhares de civis continuam nosescombros, enfrentando ataques diários. O governo israelense diz que 70 mil pessoas se deslocaramao sul, mas autoridades palestinas falam em número inferior à metade disso. Líderes comunitáriosalertam que se trata do “deslocamento mais perigoso da guerra”, já que não há áreas realmenteseguras em Gaza, nem mesmo as classificadas como “zonas humanitárias”.

A crise humanitária se agrava: de acordo com autoridades médicas palestinas, 370 pessoas,incluindo 131 crianças, morreram de desnutrição e fome devido à escassez crítica de alimentosnas últimas semanas. Israel afirma estar tomando medidas para permitir mais entrada de ajuda, masorganizações humanitárias alertam para um colapso iminente das condições de sobrevivência doscivis no enclave.

Segundo dados locais, desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023, mais de 63 milpalestinos foram mortos, a maioria civis, enquanto Israel contabiliza cerca de 1,2 mil mortos nosataques iniciais do Hamas e ainda busca negociar a libertação de 48 reféns restantes, apenas 20deles acreditados como vivos. Dois senadores democratas dos EUA, Chris Van Hollen e Jeff Merkley,que visitaram Gaza e a Cisjordânia nesta semana, acusaram o governo Netanyahu de conduzir umacampanha de “limpeza étnica em Gaza e limpeza étnica em câmera lenta na Cisjordânia”.

Vanessa Zampronho / Safras News

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