Flávio fala em 'suprema perseguição' a Bolsonaro, e oposição pede anistia após STF formar maioria

Uma image de notas de 20 reais

Imagem gerada por IA

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Após o STF (Supremo Tribunal Federal) formar maioria para condenar Jair Bolsonaro (PL) por todos os crimes na trama golpista, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) falou em “suprema perseguição”, e a oposição na Câmara dos Deputados divulgou nota em que classificou julgamento como político e defendeu anistia.

A expressão utilizada por Flávio está sendo replicado pelos bolsonaristas nas redes sociais em defesa do ex-presidente, cuja pena pode chegar a mais de 40 anos.

“A pretexto de defender a democracia, os pilares da democracia foram quebrados para condenar um inocente que ousou não se curvar a um ditador chamado Alexandre de Moraes”, disse Flávio no X, em referência ao ministro do STF relator do caso.

O senador, principal porta-voz do pai no mundo político desde que foi decretada a prisão domiciliar no dia 4 de agosto, passou o dia no Senado e, depois de formada a maioria na corte, seguiu para casa do pai, no Jardim Botânico, em Brasília.

“Chamam de julgamento um processo que todos já sabiam o resultado antes mesmo de ele começar. Não pelo que viria a ser produzido nos autos, mas por quem iria julgar. A isso chamam de defesa da democracia. Não, isso é defesa da supremacia”, afirmou também.

Parlamentares e apoiadores do ex-presidente compartilharam nas redes fotos e publicações em apoio a ele também com os dizeres “querem matar Bolsonaro”. O próprio ex-presidente levantava a possibilidade de que morreria numa eventual prisão, diante do seu quadro de saúde.

A tese é propalada por seus aliados. Em entrevista à Folha na semana passada, o presidente do PP e senador, Ciro Nogueira (PP-PI), disse que, se o Supremo o colocasse na cadeia, “é porque querem matar o Bolsonaro”.

O líder da oposição na Câmara, Zucco (PL-RS), classificou o julgamento como “político”, em nota divulgada logo após a formação da maioria no Supremo. O deputado também exaltou o voto do ministro Luiz Fux, único da turma até o momento a divergir de Moraes e eximir Bolsonaro de qualquer crime.

Zucco acompanhou o julgamento de dentro do plenário da Primeira Turma em Brasília e falou com jornalistas no local. Ele disse que a condenação fortalecerá a defesa a anistia a condenados no 8 de janeiro no Congresso Nacional, que deve beneficiá-lo.

“Isso só nos fortalece. Estamos trabalhando a pauta da anistia com muita tranquilidade e muita firmeza em diálogos com líderes de outros partidos”, disse Zucco.

Embora a maioria já esteja formada no STF, só depois do último voto a condenação é confirmada –até lá é possível, embora raro, haver mudança de entendimento dos ministros.

MAIS LIDAS

Voltar ao topo