França vai reconhecer Estado da Palestina no maior revés diplomático para Israel desde início da guerra

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta quinta-feira (24) que seu país reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina, tornando-se o primeiro membro do G7 a tomar a decisão e aplicando a Israel seu maior revés diplomático desde o início da guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, em outubro de 2023.

Macron disse em uma publicação do X que fará o anúncio formal de reconhecimento em setembro, na Assembleia-Geral das Nações Unidas, nos Estados Unidos. Ele publicou a carta que enviou ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, comunicando a decisão.

“Fiel ao seu engajamento histórico por uma paz justa e durável no Oriente Médio, decidi que a França reconhecerá o Estado da Palestina”, disse Macron. “A necessidade urgente de hoje é que a guerra em Gaza termine e que a população civil seja resgatada. A paz é possível.”

O presidente francês voltou a pedir um cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns ainda em poder do Hamas e a entrada massiva de ajuda humanitária em Gaza, onde 111 palestinos morreram de fome desde o início da guerra —43 delas, somente nesta semana, de acordo com o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.

“Também é necessário garantir a desmilitarização do Hamas e reconstruir [o território palestino]”, prosseguiu Macron. “Por fim, precisamos construir o Estado da Palestina e garantir sua viabilidade para que, com sua desmilitarização e reconhecimento pleno de Israel, contribua para a segurança de todo o Oriente Médio. Não há outra alternativa.”

A decisão de Macron amplia a pressão diplomática que os países europeus vem exercendo sobre Israel —ainda que não tenham, por enquanto, colocado em questão as exportações de armas e cooperação militar com Tel Aviv. O maior fiador do Estado judaico no mundo, os EUA, também não mostram sinais de que pretendem se distanciar do principal aliado no Oriente Médio.

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