São Paulo, 13 de agosto de 2025 – A Operação Recupera, da Polícia Federal (PF), foi deflagradana manhã desta quarta-feira (13), com objetivo de combater uma organização criminosaespecializada em fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Entre os integrantesda quadrilha, as investigações identificaram funcionários e ex-funcionários da Caixa. Asinformações são da Agência Brasil.
A PF informou que as fraudes começaram, em 2018, com a concessão indevida de benefíciosassistenciais e previdenciários por meio da inserção de dados falsos nos sistemas informatizadosdo banco. Os investigados se valiam de seus acessos para viabilizar as fraudes.
Segundo as investigações, eles realizaram comprovações de vida fraudulentas de pessoasfictícias ou já falecidas, emitiam segundas vias de cartões de beneficiários inexistentes eautorizavam pagamentos irregulares. Além disso, os fraudadores utilizaram documentos adulteradospara habilitar benefícios e atuavam sincronizadamente na inserção de dados falsos no sistemainformatizado da Caixa.
Demissões
De acordo com a PF, a instituição financeira instaurou procedimento disciplinar que resultou nademissão dos envolvidos e na identificação de condutas ilícitas articuladas entre os autores,que já tinham antecedentes por faltas disciplinares semelhantes relacionadas à concessão indevidade benefícios.
Mesmo após a demissão, em 2022, os suspeitos deram continuidade ao esquema, delegando a terceiroso saque mensal de ao menos 17 benefícios fraudulentos ainda ativos, diz a PF.
Mandados judiciais
A Operação Recupera, que conta com o apoio do Ministério Público Federal e da Caixa, cumpremseis mandados de busca e apreensão, além de medidas de bloqueio e indisponibilidade de bens eativos no valor estimado de R$ 3 milhões.
As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal e estão sendo cumpridas em endereçosrelacionados aos acusados, no Rio de Janeiro e em Santa Catarina.
Os investigados poderão responder pela prática dos crimes de organização criminosa e peculatoeletrônico. Segundo a PF, as ações prosseguem para identificar outros envolvidos, desarticular oesquema criminoso e recuperar os ativos desviados.