São Paulo, 19 de agosto de 2025 – As empresas de telecomunicações e mídia realizaram 14operações de fusões e aquisições no primeiro semestre deste ano. Trata-se de uma queda de 30%em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram fechados 20 negócios. O estudo é feitotrimestralmente pela KPMG com 43 setores da economia.
“A pesquisa apontou que o mercado interno de telecomunicação sofreu uma pequena retraçãomotivada pelas questões fiscais e altas taxas de juros, além da discussão geopolítica global.Isso acabou tendo reflexo em grande parte dos negócios do setor”, afirma o sócio da KPMG, FelipeCatharino.
Com relação ao tipo de operação realizada no setor de telecomunicações e mídia, das 14concretizadas no primeiro semestre de 2025, 7 são domésticas, ou seja, realizadas entre empresasbrasileiras; 3 envolveram empresas estrangeiras adquirindo capital de companhia estabelecida nopaís (tipo CB1), 1 foi de empresa brasileira comprando, de empresas estrangeiras, empresa noexterior (tipo CB2), 2 foram de empresas estrangeiras adquirindo, de estrangeiros, empresa no Brasil(tipo CB4) e 1 foi de empresa estrangeira adquirindo, de brasileiros, empresa estabelecida noexterior (tipo CB5) .
As empresas brasileiras realizaram 739 operações de fusões e aquisições no primeiro semestredeste ano, segundo pesquisa realizada trimestralmente pela KPMG. Esse número representa uma quedade quase 4,8% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram concretizados 776negócios.
O estudo apontou ainda que houve um aumento na quantidade de transações em que investidoresestrangeiros compram empresas brasileiras. No primeiro semestre deste ano, foram 199 operaçõescontra 178, no intervalo equivalente de 2024, um acréscimo de quase 12%. O mesmo movimentoaconteceu nas operações em que organizações brasileiras adquiriram outra estabelecida noexterior, passando de 47, nos primeiros meses do ano passado, para 58 este ano (23%).
“De forma geral, o cenário de fusões e aquisições permaneceu estável, apesar de questõesglobais geopolíticas e fiscais no mercado interno. E esses dois tipos de negociações sustentaramo número de transações realizadas este semestre. Por outro lado, as operações domésticas,envolvendo apenas investidores brasileiros, tiveram uma queda, apontando que o mercado internosofreu uma pequena retração no período, ocasionado pelas altas de juros e discussões fiscais”,analisa o coordenador da pesquisa e sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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