Gelo, vulcões e quase inabitada: como é península atingida por terremoto

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Atingida nesta quarta-feira (30) pelo terremoto de magnitude 8,8, a gélida península russa Kamchatka tem apenas 18 mil habitantes em uma área de 270.000 km², mais extensa do que o estado de São Paulo. O tremor de mais de 3 minutos gerou um tsunami com ondas de até 5 metros em território russo e no Japão.

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‘CAPITAL DOS TERREMOTOS’

Península registra temperaturas de até 40 graus negativos no inverno. As partes mais altas de Kamchatka são glaciadas, com área de cerca de 900 km² coberta por 446 geleiras.

Mais de 300 vulcões. Conhecida como “a capital dos terremotos”, a península no extremo oriente russo tem quase 30 vulcões ativos e é preparada para lidar com esse tipo de fenômeno.

Turismo é uma das principais atividades econômicas da região. Usada por muito tempo como área militar, é uma região que preserva a sua natureza original, proporcionando escalada de vulcões inativos, participação em expedições marinhas e até corridas de trenós puxados por cães na neve. Também há passeios de helicóptero para chegar às 90 nascentes termais com paisagens paradisíacas.

O QUE SE SABE SOBRE O TERREMOTO

O terremoto desta quarta-feira desencadeou ordens de retirada em todo o Pacífico. Isso inclui Havaí, Alasca, Califórnia, Canadá, Equador, Indonésia, Filipinas, México e Colômbia. No Chile, foi emitido alerta vermelho por risco de tsunami.

Terremoto é o 6º mais forte já registrado. Com imagens da água arrastando veículos e edifícios, o tremor desta quarta foi o mais forte no mundo desde 2011, quando um abalo causou o desastre de Fukushima, no Japão, deixando mais de 20 mil mortos e desaparecidos.

Temores de destruição generalizada não se concretizaram. Segundo o Serviço Geológico dos EUA, o terremoto foi superficial, com profundidade de 19,3 km. Quanto mais próximo da superfície, maior o potencial de destruição.

Não há informações sobre grande número de vítimas fatais. Pouco mais de 30 minutos após o primeiro tremor, o serviço norte-americano emitiu alerta de outro terremoto de magnitude 6,9, a cerca de 48 km de distância do primeiro abalo.

“Um dos motivos [de não haver grande destruição] foi ter acontecido longe da costa. As pessoas sentiram a passagem das ondas sísmicas, mas ao chegar nas construções elas não terão tanta intensidade para causar uma destruição”, disse Bruno Collaço, sismólogo da USP.

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