Goldman Sachs prevê segundo trimestre com desafios e corta preço-alvo

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São Paulo, 16 de julho de 2025 – O Goldman Sachs divulgou suas estimativas para os resultados dosegundo trimestre de 2025 (2T25) da Hapvida, que serão divulgados em 13 de agosto, após ofechamento do mercado, com ajustes no seu modelo para as tendências operacionais recentes dacompanhia. A análise prevê uma estabilidade no impacto das judicializações do setor noresultado, uma piora na sinistralidade caixa e ligeira melhora no número de beneficiários, porém,ainda com previsão de perdas no intervalo.

“Como tem sido o caso em trimestres anteriores, ainda acreditamos que os investidores priorizarãoevidências de moderação dos impactos na empresa decorrentes da alta judicialização do setor.Embora os dados do setor (por exemplo, abertura de novos processos judiciais, conforme relatado pelaComissão Nacional de Justiça) apontem para uma melhora na margem, estamos assumindo, de formaconservadora, que as contingências totais da Hapvida permanecerão estáveis em relação aotrimestre anterior, em 1,9% da receita”, comentaram os analistas do Goldman Sachs.

“Paralelamente, estamos assumindo que o MLR de caixa se deteriorará 270 bps em relação aotrimestre anterior, um pouco mais do que o aumento de 240 bps que a média pré-pandemia sugere oseguinte feedback de maior frequência relacionada ao inverno e uma base de comparação difícil emrelação ao 1T25 (quando a frequência foi menor que a média)”, avalia.

Essa combinação leva a análise a uma margem ebitda ajustada de 11,3% no 2T25, resultando em umebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 871 milhões,valor que não considera um potencial efeito não recorrente das provisões retroativas do SUS naNotre Dame Intermédica, após comentários recentes da empresa.

Por fim, o relatório prevê uma redução líquida de 31 mil beneficiários no trimestre, o queimplica uma ligeira melhora em relação ao trimestre anterior, mas ainda em território negativo,dado o cenário competitivo desafiador e seguindo as publicações da Agência Nacional de SaúdeSuplementar (ANS) para os meses de abril e maio.

Assim, o Goldman Sachs mantém a recomendação de compra para a ação da Hapvida (HAPV3) com basena avaliação pouco exigente (P/L ajustado para o final de 2026 de 7x), após ajustar o lucrolíquido ajustado de 2025 em 3%, para R$ 1,827 bilhão, e cortar o preço-alvo em 6%, para R$ 59 poração.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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