Governo do DF envia projeto que autoriza BRB a comprar Banco Master

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), enviou nesta quinta-feira (14) para a Câmara Legislativa do DF em regime de urgência o projeto de lei que autoriza o BRB (Banco de Brasília) a comprar o Banco Master, de Daniel Vorcaro, e outras instituições financeiras.

O BRB e o GDF (Governo do Distrito Federal) defendiam que a operação não precisaria do aval dos deputados distritais, mas o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) barrou a compra até aprovação da Câmara Legislativa e dos acionistas do banco estatal.

O acordo para aquisição de 58% do Banco Master foi aprovado pelo conselho de administração do BRB em 28 de março. A proposta enviada pelo governo do DF, no entanto, autoriza o banco público a comprar outras empresas, futuramente.

O texto cita a aquisição de participação em instituições financeiras, de forma genérica, além de “empresas com atividades próprias ou complementares às do setor financeiro, inclusive no ramo de tecnologia da informação e empresas com objetos sociais relacionados às atividades previstas no artigo 144, § 1º da Lei Orgânica do DF”.

Na justificativa, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, defende a operação. Segundo ele, a compra vai permitir que o BRB amplie e diversifique clientes, tenha acesso a novas tecnologias e seja mais competitivo no mercado.

“A análise do Banco Master evidenciou complementaridades de negócios e potenciais sinergias, integrando a sólida presença do BRB no varejo e nos serviços públicos com a experiência do Banco Master em produtos de cartão de benefício consignado; em operações de câmbio, fundamentais para ampliar a oferta de produtos financeiros internacionais e atender de forma abrangente tanto pessoas físicas quanto jurídicas; e em soluções digitais, por meio da plataforma Will Bank, que reforça a capacidade de inovação e modernização da experiência do cliente”, afirmou.

Com forte ação no Nordeste, o Will Bank é a aposta do BRB para entrar no mercado de serviços digitais e ampliar a base de clientes nas classes C e D, como mostrou a Folha. A empresa será o braço digital do BRB, se a compra for aprovada.

A aquisição do Master pelo BRB está sob apuração de órgãos de controle, como o Ministério Público, e também depende de aval do Banco Central e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

A decisão do Tribunal que exige a autorização dos deputados distritais reestabelece liminar concedida em primeira instância ao Ministério Público em maio deste ano, quando a Justiça suspendeu a assinatura da compra. O BRB afirmou que vai recorrer.

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