Governo Federal discute estratégias para aprimorar infraestrutura logística na região Sul

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São Paulo, 27 de agosto de 2025 – Com uma economia sustentada pela agroindústria, pela indústriada transformação e pelas exportações, o Sul do Brasil é responsável por parte expressiva daprodução que chega aos mercados nacional e internacional. Somente no Paraná, a safra de 2025 deveatingir 45,3 milhões de toneladas de grãos, 13,6% da produção brasileira, consolidando o estadocomo o segundo maior produtor do país, segundo o IBGE.

Esse crescimento reforça a necessidade de reduzir gargalos logísticos e diversificar a matriz detransportes, fortalecendo a multimodalidade, fundamental para impulsionar o desenvolvimentosocioeconômico e a sustentabilidade.

Especialistas, representantes do setor produtivo e autoridades se reuniram nesta terça-feira (26),em Curitiba, para pensar essa questão estratégica para o país, com foco no Paraná. O evento, quefaz parte da série de debates Logística no Brasil, irá contribuir para o aprimoramento do PlanoNacional de Logística (PNL) 2050, atualmente em elaboração.

“O plano não é só um instrumento técnico, mas um processo. O planejamento precisa criar umcenário de futuro claro, ambicioso e factível, com decisões estruturantes que ofereçamprevisibilidade ao setor público e privado. Não entregamos um plano pronto, construímos junto comquem toma decisão e com quem será impactado por ela”, afirmou o coordenador-geral de Política dePlanejamento do Ministério dos Transportes, Rodrigo Santos Ferreira.

Dos corredores logísticos estratégicos do Paraná, destacam-se a BR-277 e a BR-116, além docorredor ferroviário ParanáSanta Catarina, que conectam áreas produtoras ao Porto de Paranaguá.Entre exportações e importações, 34,2 milhões de toneladas de carga passaram pelo porto noprimeiro semestre de 2025.

“Este ano, o Porto de Paranaguá deve atingir a marca de 70 milhões de toneladas movimentadas, umcrescimento de quase 50% em relação a 2018. É por meio da expansão da infraestrutura queconseguimos viabilizar não só os resultados atuais, mas também preparar o porto para os próximosanos”, disse o diretor de Operações Portuárias da Portos do Paraná, Gabriel Vieira.

Responsável por cerca de 35% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a região Sul é destaquena exportação de soja, farelo e óleo de soja, milho e carnes. Um desempenho que exigeinvestimentos contínuos para garantir a eficiência logística e a competitividade.

“Temos aqui três das principais fronteiras secas do Brasil, uma forte vocação portuária e umaeconomia dinâmica, que exige soluções logísticas integradas. Planejar, com transparência eparticipação, é a chave para conseguir dar realmente uma saída para os gargalos logísticos queafetam a região Sul”, detalhou o diretor de Mercado e Inovações da Infra S.A., Marcelo VinaudPrado.

O PNL 2050 está em fase de diagnóstico, com levantamento das principais deficiências da rede detransportes e escuta ativa da sociedade civil e do setor produtivo. A iniciativa também incorporauma visão regionalizada dos desafios logísticos, com atenção especial à redução dasdesigualdades e ao fortalecimento da competitividade de áreas com alta densidade de exportação.

O plano seguirá as determinações do Planejamento Integrado de Transportes (PIT), instituído pelopresidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em maio de 2024, por meio do Decreto 12.022. Aprevisão do Ministério dos Transportes é de que até o fim do ano as diretrizes entrem em vigor.

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