WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – O governo Donald Trump voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta quinta-feira (24). Em um post no X (ex-Twitter), o subsecretário para Diplomacia Pública, Darren Beattie, afirmou que ele é o “coração pulsante” da perseguição contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“O ministro Moraes é o coração pulsante do complexo de perseguição e censura contra Jair Bolsonaro, o que, por sua vez, tem restringido a liberdade de expressão nos EUA. Graças à liderança do Presidente Trump e do secretário Rubio, estamos atentos e tomando as devidas providências”, disse Beattie.
Depois, o comentário foi publicado também nas redes sociais da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.
A mensagem é passada enquanto aliados de Bolsonaro nos Estados Unidos pressionam por mais sanções específicas contra Moraes. Segundo eles, a expectativa é que haja punições financeiras ao ministro, aplicadas por meio da Lei Magnitsky.
A legislação foi criada na gestão Barack Obama e permite a aplicação unilateral de punições a estrangeiros acusados de corrupção grave ou violações sistemáticas de direitos humanos.
O uso dessa medida para punir o magistrado já foi alvo de questionamentos no governo Trump, porque o enquadramento jurídico não seria o correto. Bolsonaristas, porém, dizem que os entraves foram superados.
O comentário do subsecretário foi feito ao compartilhar mensagem publicada pelo secretário do Departamento de Estado, Marco Rubio, equivalente ao ministro das Relações Exteriores do Brasil, na sexta-feira passada (18).
Naquele dia, Rubio determinou que Moraes, parentes e “colegas na corte” sejam proibidos de entrar nos EUA. O anúncio foi feito nas redes sociais. “Ordenei a revogação de visto para Moraes e seus aliados na corte, assim como para familiares diretos, imediatamente”, disse o secretário.
Rubio, na postagem, afirmou que o Supremo faz uma “caça às bruxas política” contra Bolsonaro e que viola direitos fundamentais não só dos brasileiros, mas também de americanos. Ele disse ainda que Trump já havia deixado claro que agiria contra estrangeiros responsáveis por censura.