Automação é decisiva para fidelização. Retorno do cliente com pós-venda bem-sucedido pode passar de 90%

Uma image de notas de 20 reais
Processo de automação precisa atravessar toda a jornada de compra, inclusive o pós-venda
(Freepik)
  • Era da velocidade: em São Paulo, a entrega pode ocorrer em até três horas após o pedido, e lojista precisa acompanhar o ritmo
  • Não há alternativa: “Ou o varejista contrata mais pessoas ou contrata um serviço de automação”
Por Anna Scudeller Compartilhe: Ícone Facebook Ícone X Ícone Linkedin Ícone Whatsapp Ícone Telegram

[AGÊNCIA DC NEWS]. A venda é importante, e mais ainda é o pós-venda. Segundo Flávia Costa, gerente de Educação e do Centro de Inovação e Tecnologia da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, a conversão de clientes que podem voltar a comprar na loja após um pós-venda bem-sucedido pode passar de 90%. “Quando os processos são todos manuais, desconectados, o pós-venda acaba virando um gargalo”, disse Flávia. Cláudio Dias, CEO da Magis5, empresa responsável pela automação de plataformas como Amazon, Mercado Livre e TikTok Shop, reforça: “Errar custa caro hoje no online”.

A automação se tornou ferramenta estratégica do processo de compra. Segundo a última pesquisa de Tendências de Consumidores, no ano passado, 31% das pessoas demonstraram preferência pelo uso do self-checkout, crescimento de 5 pontos em relação aos 26% registrados em 2023. A relevância do pós-venda entra nesse contexto – entregas rápidas e corretas são cruciais para atender a expectativa do consumidor. Segundo Dias, as pessoas estão muito ansiosas. “Cada vez que elas compram, estão acostumadas a receber rápido. Isso, em certa medida, diminui a ansiedade do cliente”, afirmou.

Por mais que seja difícil mensurar o impacto direto do pós-venda, há fatores que permitem analisar as consequências, como índices de reputação do vendedor, o que afeta diretamente na capacidade de receber mais pedidos nos marketplaces. “A gente acaba auxiliando um vendedor a garantir que o que ele vai entregar seja correto e que seja rápido”, disse o CEO da Magis5. “O prazo de entrega é muito curto. Em São Paulo, pode ocorrer em até três horas após o pedido.”

Escolhas do Editor

Segundo Flávia Costa, da GS1 Brasil, para garantir a agilidade, um problema de base precisa ser sanado pelo lojista – as trocas. A automação auxilia no controle e na identificação de problemas nos produtos, facilitando a gestão e tornando a experiência do cliente mais positiva. “O varejista precisa ter todos os processos muito automatizados”, disse Flávia. “Porque na hora da venda ele vai transformá-los em informações importantes no processo.” 

VANTAGENS – Parte da solução é simples e usual, como a adoção de códigos bidimensionais (2D), como QR Codes, que pode ser implementada para melhorar a experiência do vendedor na logística e do cliente durante a compra, proporcionando informações adicionais, dicas de uso, promoções personalizadas e maior engajamento. Segundo Flávia, esses códigos permitem fidelizar clientes. “Podem ser usados para levar para uma página com mais informações sobre o produto, com dicas de uso ou com promoções mais customizadas”, disse.

Cláudio Dias, CEO da Magis5, diz que soluções tecnológicas não são opcionais. “Ninguém cresce sem tecnologia”, afirmou. Para ele, sem a automação dos processos, o varejista pode demorar até dois minutos a mais por pedido. A cada 100 pedidos seriam perdidas aproximadamente três horas de trabalho em processos. “Ou o varejista contrata mais pessoas para realizarem simultaneamente o trabalho ou contrata um serviço de automação.”

Voltar ao topo