São Paulo, 15 de agosto de 2025 – O Ibovespa amplia a queda, perde o patamar dos 136 milpontos, puxado pelas ações relevantes do índice como Petrobras, Vale e Itaú em um dia mais fracode agenda doméstica e com o exterior misto. A atenção fica do dia fica para a reunião entre ospresidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia par encontrar uma solução para pôr fimà guerra na Ucrânia.
A ação da Petrobras (PETR4) caía 0,79% e Vale (VALE3) perdia 0,69%. Itaú (ITUB4) tinha quedade 0,61%. Os destaques positivos ficam par Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) avançavam, respectivamente7,16% e 6,35%.
Às 15h14 (horário de Brasília), o principal índice da B3 caía 0,47%, aos 135.699,44 pontos.O Ibovespa futuro com vencimento em outubro tinha perda de 0,53%, aos 138.500 pontos. O girofinanceiro era de R$ 16,8 bilhões. Em Nova York, os índices operavam mistos.
Charo Alves, especialista da Valor Investimentos, disse que o cenário global é de incerteza.
“O ambiente externo é de incerteza e com ausência de direção clara, todos os principaisíndices, inclusive o Ibovespa, andando de forma semelhante. O mercado acompanha com atenção areunião entre Putin e Trump, prevista para 16h30 (horário de Brasília), que pode influenciarpreços de commodities e expectativas sobre a postura dos EUA na economia global”. O petróleo caiantes da reunião entre os dois presidentes.
Para Ubirajara Silva, gestor de renda variável, disse que não tem notícia positiva paraimpulsionar a Bolsa em dia de vencimento de opções.
“O mercado está muito pesado em venda de bolsa e dólar, e isso faz preço. Tem bastante gringovendendo bolsa. Todos os dias o dólar está performando melhor que o Ibovespa. Hoje é dia devencimento de opções sobre ações, isso traz um pouco a mais de fluxo para o mercado e podesegurar um pouco o índice. Os bancos têm grande peso, e estão mistos. As commodities estãocaindo. Não vejo na nada positivo para ajudar o índice”.
Em relação ao resultado do Banco do Brasil, Silva disse que “o mercado já tinha antecipadoboa parte do resultado ruim. O ROE [Retorno sobre Patrimônio Líquido] veio baixo [caiu para 8,4%no 2T25, de 21,6], o mercado apostando que o pior ficou para trás”.
Thiago Pedroso, responsável pela área de renda variável da Critera, informou em boletim que”o resultado do Banco do Brasil veio bem ruim como esperado. O lucro caiu 66% para R$ 3,035bi e obanco revisou o guidance desse ano de R$ 41bilhões para 25bilhões, nitidamente a atual gestão foidesastrosa e ignorou os riscos de crédito. O mercado deve manter uma visão negativa no curto prazoe confiar pouco no guidance”.
Ontem, após o fechamento, o Banco do Brasil divulgou o resultado referente a 2T25. O bancoregistrou lucro ajustado teve queda de 60,2% para R$ 3,78 bilhões. O lucro líquido caiu 66,1% paraR$ 3,04 bi. A carteira de crédito cresceu 11,2% a R$ 1,3 trilhões e a inadimplência expandiu1,21ponto porcentual, a 4,2%. As ações do banco subiam 1,30%. Marianna Costa, economista-chefe da Mirae Asset,informou em boletim matinal que o foco domercado fica para dados de atividade nos Estados Unidos, encontro entre Donald Trump e VladimirPutin em dia de agenda fraca aqui.
“As atenções se voltam para o encontro entre os presidentes dos EUA e Rússia. Dados sobre aatividade nos EUA podem reforçar o viés de queda dos Fed funds em setembro. No Brasil a agenda éesvaziada. Apesar de serem baixas as expectativas de que a reunião resulte em resolução acerca daguerra em curso, líderes europeus temem que o EUA possa ceder às prováveis exigências daRússia. Na véspera da cúpula, Trump afirmou acreditar que Putin chegaria a um acordo sobre aUcrânia. Putin, por sua vez, elogiou o que chamou de “esforços sinceros” dos EUA para encerrar aguerra. Trump afirmou que acredita que exista 25% de chance de a reunião não ser bem-sucedida edestacou a importância de um segundo encontro”.
Soraia Budaibes – soraia.budaibes@cma.com.br (Safras News)
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