Irã diz que militares mataram seis integrantes de grupo vinculado a Israel

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RECIFE, PE (FOLHAPRESS) – As forças do Irã mataram seis pessoas que supostamente integravam um grupo classificado de terrorista e que seria vinculado a Israel, inimigo ferrenho de Teerã, durante uma operação no sudeste do país. A informação foi divulgada neste sábado (23) pela imprensa estatal.

“Durante um intenso tiroteio com terroristas na província de Sistão e Baluchistão, seis dos atacantes morreram, e outros dois foram detidos”, anunciou a agência de notícias Irna, citando um comunicado dos serviços de inteligência iranianos. O local exato e a data do ataque não foram especificados.

“Os documentos disponíveis indicam a natureza sionista [do grupo]”, acrescentou a Irna. Segundo a agência, que não entrou em detalhes, a organização buscava atacar “um dos centros vitais no leste do país”.

A agência afirmou também que “a equipe operacional principal” do grupo era integrada por “sete terroristas não iranianos” -a nacionalidade deles não foi especificada. Dois oficiais do serviço de inteligência e um policial ficaram feridos na ação.

Região pobre e fronteiriça com Paquistão e Afeganistão, a província de Sistão e Baluchistão registra com frequência confrontos entre as forças de segurança, rebeldes da minoria balúchi, grupos sunitas radicais e também traficantes de drogas.

O Irã diz que emboscadas sangrentas contra policiais e integrantes da Guarda Revolucionária, o Exército ideológico do Irã, são registradas com frequência na província.

As mortes ocorreram quase dois meses depois do cessar-fogo entre Irã e Israel, anunciado em junho.

Após os ataques aéreos israelenses iniciados em 13 de junho, as forças de segurança iranianas lançaram uma ampla campanha de detenções, acompanhada de reforço da presença policial nas ruas, com pontos de controle e um sistema de “denúncias públicas”, no qual cidadãos eram convocados a reportar qualquer pessoa considerada suspeita.

O conflito também acelerou deportações de migrantes afegãos considerados em situação irregular no Irã. Organizações humanitárias relataram que autoridades locais acusaram alguns desses migrantes de espionagem para Israel.

Na última semana, autoridades iranianas executaram um homem condenado por espionagem e por enviar informações sobre um cientista do programa nuclear morto durante o conflito. “Roozbeh Vadi foi executado após um processo judicial e a confirmação de sua sentença pelo Tribunal Supremo”, informou o site do Poder Judiciário do Irã.

A trégua alcançada no fim de junho teve colaboração direta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Naquele momento, o governo de Binyamin Netanyahu, enfrentando ampla condenação internacional e pressão doméstica pelo morticínio em Gaza, foi apoiado até pelos relutantes europeus em sua guerra contra o Irã. O premiê alemão, Friedrich Merz, chegou a afirmar que alguém fez o serviço sujo para o Ocidente.

Israel atacou as instalações nucleares do Irã para, segundo o Estado judeu, acabar com a capacidade de o país ter bombas atômicas. Não se sabe exatamente qual foi a extensão dos ataques. Agências internacionais acreditam em um atraso no programa nuclear, mas não numa destruição completa.

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