São Paulo, 8 de setembro de 2025 – O Itaú BBA atualizou sua avaliação para SLC Agrícola, com ainclusão da expansão de área anunciada para 2026. Na avaliação dos analistas, a companhia continua a se beneficiar de um portfólio de terras “diversificado e escalável”.
“A combinação de terras agrícolas próprias e arrendadas proporciona flexibilidade e mitigariscos, ao mesmo tempo em que reforça a capacidade da empresa de se expandir durante ciclos maisfracos do setor. Em nossa opinião, a recente alocação de capital da SLC demonstra sua força nacaptura de oportunidades de criação de valor a longo prazo”, comentam.
A análise cita que: i) ao adquirir a Sierentz Agro Brasil, a SLC garantiu uma área arávelequivalente a 100 mil ha em um modelo de ativos leves, com um custo de arrendamento em torno de ~9,3sacas/ha pelos próximos 13 anos. Os retornos são estimados acima de CDI+5%.ii) na aquisição da fazenda da Agrícola Xingu, o aumento de terras aráveis em quase 27,3 milhectares foi concluído com um desconto semelhante ao que a SLC historicamente negociou em relaçãoao seu valor patrimonial líquido.iii) a participação remanescente na SLC-MIT foi adquirida por R$ 103 milhões e não oferecedesconto sobre o valor patrimonial líquido (NAV). No entanto, os 26,2 mil ha extras de áreaplantada que contribuem para os resultados da empresa implicaram risco de execução limitado ouinexistente, visto que a SLC já vinha operando a fazenda por meio de um modelo de joint venture.iv) entendimento semelhante pode ser atribuído à aquisição de 18,8% da SLC LandCo, estimada paraser concluída em conjunto com o NAV, mas oferecendo maior flexibilidade na otimização dasoperações por meio de áreas arrendadas e próprias.v) A fazenda Paysandu não implicaria em aumento de área adicional para a safra 2025/26 nestemomento, mas a terceira parcela de R$ 180 milhões, paga no início de 2025 ainda pesa naprodutividade do FCFE da SLC neste ano”.
Segundo a relatório, os analistas afirmam que o caso de investimento permanece ancorado em umaforte execução, um portfólio de terras agrícolas de alta qualidade e um histórico consistentede alocação de capital. Como resultado dos investimentos anunciados recentemente, o rendimento doFCFE provavelmente permanecerá comprimido até o ano fiscal de 2027, o que pode ser visto como umadesvantagem para investidores que buscam gatilhos de curto prazo.
Do ponto de vista do FCFE, números crescentes podem surgir à medida que a agenda de investimentosdiminui, posicionando a empresa bem para capturar qualquer potencial assimetria positiva nos preçosdas commodities no futuro, avalia o Itaú BBA.
“Os gatilhos de curto prazo limitados podem manter o apetite dos investidores contido, já que ospreços dos grãos não têm suporte de curto prazo. Conforme mencionado em nosso relatórioconjunto com a equipe de consultoria em Agronegócios do Itaú BBA, acreditamos que as condiçõesclimáticas favoráveis e a maior relação estoque/uso são os principais impulsionadores dosatuais preços baixos das commodities e da ampla oferta global”, escrevem os analistas.
Uma estratégia de crescimento anticíclico deve continuar a dar resultados no longo prazo, àmedida que a SLC expande sua base de terras por meio de arrendamentos e aquisições oportunistas.”Aproveitamos esta oportunidade para incorporar a expansão da área, que consideramos positiva doponto de vista do VPL”, afirmam.
“Acreditamos que a avaliação permanece atrativa do ponto de vista da DFC, mesmo sob premissasconservadoras para os preços das commodities no futuro próximo, corroborando nossa posturaestruturalmente positiva em relação ao nome. No entanto, é importante observar que a estratégiade alocação de capital mencionada provavelmente levará a empresa a registrar algum consumo defluxo de caixa nos anos fiscais de 2025 e 2026, à medida que a SLC se prepara para se beneficiardos próximos ciclos com um portfólio de terras mais amplo”, concluem os analistas do Itaú BBA, aoreiterar a recomendação “Outperform” (equivalente a compra) para a ação da SLC na B3 (SLCE3),com preço-alvo atualizado em R$ 23,00 por ação para o ano de 2026 (em comparação com R$ 25,00para o ano de 2025).
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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