Itaú BBA mantém visão positiva, apesar de perspectiva ainda irregular e tarifas dos EUA

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São Paulo, 17 de julho de 2025 – O Itaú BBA divulgou uma análise sobre as perspectivas deresultados do segundo trimestre de 2025 da Weg, mostrando os números da divisão Motion de suaconcorrente, a sueca ABB, que registrou um aumento de 6% na receita líquida no 2T25, refletindo oforte desempenho em produtos de ciclo curto, o maior crescimento em volumes em comparação aospreços e alta de 5% na comparação anual no número de pedidos.

Às 15h30, a ação da companhia avançava 1,82%, a R$ 41,87.

Os lucros da ABB podem ser um indicador positivo para os números do 2T25 da WEG. No entanto,considerando a microdinâmica da empresa, mantemos nossa visão conservadora para seus números do2T25. Os baixos ajustes de preço da ABB são notícias pouco animadoras para a WEG, que recuou 22%no acumulado do ano, em comparação com o IBOV, que subiu 13%.

“Embora consideremos que esse desempenho inferior, juntamente com o fluxo de negociaçãomarginalmente favorável e os resultados dos pares, podem ser um bom presságio para umarecuperação de curto prazo, continuamos a perder gatilhos para sustentar uma reavaliaçãoadequada e/ou revisão de lucros para cima na história (na verdade, parece haver risco de quedapara o consenso de lucro líquido de 2026). Dito isso, estamos confiantes de que a WEG voltará ater lucros no futuro, apoiando assim nossa visão positiva de longo prazo sobre as ações. Vemos aWEG sendo negociada a 22x P/L 2026, e mantemos classificação outperform (compra), com preço-alvode R$ 65/ação”, concluiu o BTG.

TARIFAS

O banco de investimentos disse que os Estados Unidos são um mercado importante para a WEG,respondendo por aproximadamente 20-25% das vendas totais. Mais importante ainda, tornou-se uma fontefundamental de crescimento e lucratividade nos últimos anos, impulsionada principalmente pelaexpansão no setor de infraestrutura de energia, incluindo transformadores. Os principais produtosda WEG no país são transformadores de potênciae motores elétricos. Grande parte do que a WEG vende nos EUA é produzida tanto nos EUA quanto noMéxico. “Estimamos que as exportações brasileiras representem cerca de 30% do que a WEG vende nosEUA”, destacou o BTG.

A capacidade de produção de transformadores dos EUA é muito limitada, e o país importa cerca de80% do seu consumo. Se a tarifa extra for aplicada apenas ao Brasil, outros países exportadores,como Coreia, México e India, poderão ganhar participação de mercado. No caso de motores, a Wegos exporta do México (componentes) e do Brasil. A aquisição da Regal oferece uma oportunidadepara a WEG aumentar o conteúdo local nos EUA. “Se as tarifas mais altas persistirem, acreditamosque as principais opções da empresa serão fabricar localmente. Outra opção é transferir aprodução também para o México, que se beneficia do regime tributário USMCA em vigor”, apontou aanálise.

Segundo a XP Investimentos, a companhia deve sofrer algum impacto negativo por conta de tarifasmais altas para o cobre nos EUA com o anúncio de uma tarifa de 50% para produtos exportados doBrasil, acentuando os riscosrelacionados às tarifas para a empresa.

Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)

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