São Paulo, 24 de setembro de 2025 – A secretária de Comércio Exterior (Secex), do Ministério doDesenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), participou nesta quarta-feira (24/9) deAudiência Pública da Secretaria de Comissões Coordenação de Comissões Especiais, Temporáriase Parlamentares de Inquérito (CTEUA), no Senado Federal.
Os parlamentares e autoridades se reuniram para discutir os impactos da investigação aberta pelosEstados Unidos contra o Brasil ao amparo da Seção 301 da Lei de Comércio norte-americana.
A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, apresentou um panorama da relação bilaterale destacou que, de janeiro a agosto, o Brasil exportou US$ 26,6 bilhões para os Estados Unidos, umaumento de 1,66% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as importações somaramUS$ 30 bilhões, um aumento de 11,44%. Ressaltou ainda a diversificação da pauta exportadora,composta principalmente por manufaturados, mas também por produtos agrícolas e da indústriaextrativa.
O Brasil não é um problema comercial para os Estados Unidos. O Brasil é um país que temsuperávit comercial com o mundo e um déficit com os Estados Unidos, ao passo que os EUA são umpaís que têm um déficit com o mundo e superávit com o Brasil. Na nossa visão, essa não é amétrica que deve pautar a avaliação do relacionamento bilateral, mas, se é tão importante paraos EUA neste momento, o Brasil de fato não é um problema. Apesar do déficit comercial, essa éuma relação que interessa os dois lados, gera empregos e contribui para o dinamismo da atividadeeconômica nos dois países., afirmou Prazeres.
A secretária destacou, ainda, o empenho do vice-presidente da República e Ministro doDesenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, nas tratativas com o lado americano comvistas a encontrar uma solução negociada mutuamente benéfica para ambos os países.
De acordo com a secretária, cerca de 10 mil empresas brasileiras vendem para o mercado americano.É esse universo que nos preocupa quando pensamos nas medidas aplicadas pelos Estados Unidos.Estamos falando de milhares de empresas e empregos que dependem dessa relação comercial, destacou.
Sobre a investigação em curso no âmbito da Seção 301, aberta em julho pelo Escritório doRepresentante Comercial dos EUA (USTR), a secretária reafirmou a posição brasileira: O Brasilseguirá firme na defesa de seus interesses na busca de uma solução negociada em temas comerciaiscom os EUA, garantiu a secretária Tatiana Prazeres.
A relatora da comissão, senadora Tereza Cristina, reforçou a importância da participação dediversos públicos de interesse. A realização dessa audiência pública permite que a comissãoexerça seu papel institucional de reunir informações das diversas partes envolvidas paraconstruir um quadro claro dos interesses, motivações e forças atuantes em ambos os lados e debuscar canais de interlocução com atores-chave nos dois países.
Para o presidente da CTEUA, Nelsinho Trad, este é um ambiente de debate estratégias junto aministros, empresários e especialistas para garantir que nossas exportações e nossacompetitividade não sejam comprometidas. O foco é proteger empregos, renda e setores produtivos,buscando sempre soluções por meio do diálogo e da cooperação, concluiu.
As informações partem do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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