Mercado imobiliário mantém estabilidade nas vendas e registra redução na oferta no 2T25-CBIC

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São Paulo, 19 de agosto de 2025 – O mercado imobiliário brasileiro fechou o segundo trimestre comdesempenho estável tanto na comercialização quanto no lançamento de unidades, mantendo resultadopositivo quando comparado ao primeiro trimestre do ano. No mesmo período, as vendas do programaMinha Casa, Minha Vida (PMCMV) cresceram 11,9%, segundo dados da pesquisa Indicadores ImobiliáriosNacionais, iniciativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), elaborados pelaComissão da Indústria Imobiliária (CII/CBIC) em parceria com a Brain Inteligência Estratégica.

A pesquisa divulgada nesta segunda-feira (18) mostrou que no segundo trimestre de 2025 foramcomercializados 102.896 mil imóveis, movimentando R$ 68 bilhões.

Na avaliação do primeiro semestre, o estudo mostra aumento tanto no volume de lançamentos (6,8%)quanto de vendas (9,6%) quando comparado com o mesmo período de 2024. No acumulado de 12 meses, apesquisa da CBIC registra o lançamento de 414.375 unidades, com um VGL (valor geral de lançamento)de R$ 260 bilhões. As vendas no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) cresceram 25,8% no primeirosemestre, alcançando 95.483 unidades. No entanto, houve desaceleração nos lançamentos no segundotrimestre, com queda de 10,1% em relação ao primeiro trimestre.

O mercado apresenta estabilidade e, com vendas e lançamentos em alta, a oferta de imóveis novoscaiu 4,1% entre junho de 2024 e junho de 2025, totalizando 290 mil unidades o menor nível járegistrado pelo indicador nacional. Hoje seriam necessários 8,2 meses para que todo o estoque fosseescoado, cenário que abre espaço para novos lançamentos, ainda condicionados à redução da taxade juros para atender à demanda do consumidor.

Participaram da coletiva o presidente da CBIC, Renato Correia; o vice-presidente de IndústriaImobiliária, Ely Wertheim também presidente-executivo do Secovi-SP; Clausens Duarte,vice-presidente de Habitação de Interesse Social da CBIC; Celso Petrucci, conselheiro da entidadee economista-chefe do Secovi-SP; e o CEO da Brain Inteligência Estratégica, Fábio Tadeu Araújo.

Para Renato Correia, presidente da CBIC, a expectativa é que o setor retome o fluxo de lançamentosao longo do segundo semestre. Na sua avaliação, a estabilidade atual decorre do efeito darecomposição pontual dos fundings disponíveis, como a carteira do FGTS. Outro fator é o custo docrédito, impactado pela taxa de juros básica da economia. Estamos em um cenário onde ainda nãotemos uma queda da taxa de juros e isso certamente diminui o apetite para alguns tipos deoperações do mercado, além de ter uma crise econômica extetna também, afirmou.

Para o economista Celso Petrucci, em termos de FGTS, já foi alcançado o patamar máximo. O mercadoestava mais forte, mas estamos começando a sentir uma certa estabilidade. A operação ficou muitobem enquadrada no ano de 2024, com as mudanças que foram feitas, com a mudança da curva, com aadequação de tudo que foi feito em questão de crédito, mas chega uma hora em que ela perde oefeito, apontou.

Crescimento no semestre

Na comparação com o mesmo período de 2024, o número de unidades lançadas aumentou 6,8% e o deunidades vendidas cresceu 9,6%. Entre janeiro e junho, foram registradas 414.375 unidades lançadase 423.241 unidades vendidas no país, o que representa um avanço de cerca de 16% em relação aoacumulado de 2024. O volume quase dobrou em cinco anos em 2020, o Brasil registrou 242.605lançamentos e 244.619 vendas. A gente já chegou no topo do mercado e agora a gente tem que torcerpara ter estabilidade. Estamos sofrendo mais no lançamento do que na venda. Fábio Tadeu Araújo,CEO da Brain Estratégia.

Preços e oferta

O preço médio dos imóveis teve alta de 4,2% no período. Já a oferta final caiu 4,1% emcomparação com o mesmo trimestre de 2024 e 3,4% frente ao primeiro trimestre de 2025, totalizando290.086 unidades em junho. Com o volume atual de vendas e sem novos lançamentos, o estoquedisponível se esgotaria em cerca de oito meses.

No segundo semestre, podemos ter um represamento dos lançamentos e o volume de contratação dejulho e agosto deve ser maior do que uma estabilidade ou redução por conta da subida natural dospreços, apontou Clausens Duarte, vice-presidente de Habitação de Interesse Social da CBIC.

Trimestral, o estudo Indicadores Imobiliários Nacionais, integra o projeto Segurança Habitacionalcomo Garantia Básica para a Qualidade de Vida e Integridade Física do Trabalhador, realizado pelaComissão da Indústria Imobiliária (CII) da CBIC em correalização com o Serviço Social daIndústria (Sesi).

As informações partem da CBIC.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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