Meta lança óculos inteligentes com tela integrada ao WhatsApp e Instagram

Uma image de notas de 20 reais

Imagem gerada por IA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Meta lançou nesta quarta-feira (17) seus primeiros óculos inteligentes com tela embutida, em uma tentativa de ampliar o sucesso da linha Ray-Ban, considerada a primeira empreitada bem-sucedida em produtos do tipo.

O Meta Ray-Ban Display tem um pequeno visor digital na lente direita para tarefas básicas, como exibir notificações e prévias do que a câmera vai capturar. Os óculos também acompanham uma pulseira usada para detectar gestos das mãos, com os quais será possível selecionar respostas rápidas no WhatsApp e rolar a linha do tempo do Instagram.

O produto custará a partir de US$ 799 (R$ 4.240, sem considerar impostos), um salto em relação aos US$ 379 (R$ 2.000) da versão padrão, e estará disponível a partir de 30 de setembro nos EUA. A empresa também anunciou que o Meta Ray-Ban de 2ª geração chegará ao Brasil pela primeira vez em breve, com preço ainda não divulgado.

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, apresentou o produto no Meta Connect, principal evento da empresa que acontece anualmente em Menlo Park, na Califórnia. Algumas demonstrações não saíram como planejado -em um momento, uma ligação para os óculos não funcionou.

“Não sei o que dizer para vocês”, disse Zuckerberg. “Continuo estragando isso.” O público aplaudiu.

O executivo disse que os óculos são a forma ideal de avançar rumo à “superinteligência” prometida pela IA -conceito em que a tecnologia superará a inteligência humana.

“Os óculos são o formato perfeito para a superinteligência pessoal, porque permitem estar presente no momento enquanto se acessa todas essas capacidades de IA que o tornam mais inteligente, melhoram a comunicação, a memória, os sentidos e muito mais”, disse.

Os novos óculos inteligentes da Meta têm maior integração com os modelos de IA da empresa, aproveitando a tela para oferecer nova opções de interação visual.

Segundo a empresa, a tela é grande o suficiente para ler mensagens e fica ligeiramente deslocado para não atrapalhar a visão. Depois de alguns segundos sem uso, ele some. Para quem estiver de fora, a tela é praticamente invisível.

Apesar de estar entre as pioneiras no segmento de óculos inteligentes, a Meta ainda fica atrás de rivais como a OpenAI e o Google, da Alphabet, no desenvolvimento de modelos avançados de IA. Zuckerberg iniciou uma disputa por talentos no Vale do Silício para contratar engenheiros de concorrentes e prometeu investir dezenas de bilhões de dólares em chips de última geração.

Nesta quarta-feira, a Meta também apresentou um novo par de óculos da marca Oakley, chamado Vanguard, voltado a atletas e vendido por US$ 499 (R$ 2.650).

O dispositivo integra-se a plataformas de treino como Garmin e Strava, exibe estatísticas em tempo real e relatórios pós-treino, e tem nove horas de bateria. Chegará às lojas em 21 de outubro.

A empresa ainda atualizou sua linha anterior de Ray-Ban, sem display embutido, que agora oferece quase o dobro de autonomia de bateria e uma câmera melhor. O preço subiu de US$ 299 para US$ 379.

Todos os modelos incluem assistente de IA, câmeras, controle por voz e transmissão ao vivo para redes sociais da empresa, como Facebook e Instagram.

Embora analistas não esperem vendas expressivas do modelo Display, avaliam que o produto pode ser um passo rumo ao lançamento planejado para 2027 dos óculos Orion, já apresentados em protótipo no ano passado e descritos por Zuckerberg como “a máquina do tempo para o futuro”.

“Não faz muito tempo que os consumidores foram apresentados à IA em óculos e, nos últimos trimestres, marcas começaram a incluir displays, permitindo novos usos”, disse Jitesh Ubrani, gerente de pesquisa da IDC.

“No entanto, a consciência do consumidor e a disponibilidade de produtos ainda são limitadas. Isso vai mudar à medida que Meta, Google e outras empresas lançarem novos dispositivos nos próximos 18 meses.”

A IDC projeta que as remessas globais de headsets de realidade aumentada/virtual e óculos inteligentes sem display crescerão 39,2% em 2025, para 14,3 milhões de unidades, com a Meta puxando parte relevante da demanda graças à linha Ray-Ban produzida em parceria com a EssilorLuxottica.

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