Moraes manda AGU acompanhar processo de extradição de Zambelli

Uma image de notas de 20 reais

Imagem gerada por IA
Compartilhe: Ícone Facebook Ícone X Ícone Linkedin Ícone Whatsapp Ícone Telegram

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta quinta-feira (31) que a AGU (Advocacia-Geral da União) acompanhe o processo de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

A ordem foi tomada por Moraes após a Polícia Federal comunicar oficialmente ao STF, na quarta-feira (30), sobre a prisão da deputada.

“Considerando a comunicação da prisão da ré condenada Carla Zambelli Salgado de Oliveira na República Italiana, oficie-se à Advocacia-Geral da União para que acompanhe e adote as providências cabíveis e necessárias relacionadas ao processo de extradição da ré”, diz o despacho do ministro.

Em nota, a AGU afirmou que vai atuar para a extradição de Zambelli assim que for notificada oficialmente da decisão de Moraes. “A Advocacia-Geral adotará todas as providências necessárias para conclusão, junto à República Italiana, do processo de extradição da deputada federal Carla Zambelli Salgado de Oliveira, para que a parlamentar possa cumprir no Brasil a pena de dez anos a que foi condenada”, disse.

Foragida da Justiça brasileira, Zambelli está presa em Roma desde terça-feira (29). Ela passará por audiência de custódia na sexta (1º) que deve confirmar a prisão ou permitir que a parlamentar espere pelo processo de extradição em regime de prisão domiciliar, ou em liberdade.

A comunicação formal da Interpol em Roma sobre a prisão da deputada licenciada só foi emitida na quarta. Um ofício com as informações foi enviado para Moraes.

“O ECN (Escritório Central Nacional da Interpol) Roma informou que o Ministério da Justiça italiano foi informado acerca da prisão e aguarda o encaminhamento do devido pedido formal de extradição, juntamente com a documentação oficial no prazo devido e por meio dos canais estabelecidos”, diz o delegado Frederico Skora Lieberenz, coordenador-geral substituto de Cooperação Policial Internacional.

Zambelli espera pela audiência de custódia no complexo penitenciário conhecido como Rebibbia, nome do bairro que ocupa na área nordeste de Roma. É um dos três presídios exclusivos para mulheres da Itália e um dos maiores da Europa.

Segundo dados do Departamento de Administração Penitenciária, no fim de junho estavam detidas ali 369 mulheres, quase cem a mais que a capacidade total. A Itália enfrenta uma crise carcerária nos últimos anos, com a terceira pior taxa de superlotação da União Europeia.

MAIS LIDAS

Voltar ao topo