São Paulo, 23 de julho de 2025 – Um grupo de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais SemTerra (MST) ocupou, na manhã desta quarta-feira (23), a sede da Superintendência Regional doInstituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na capital paulista. O objetivo daocupação é pressionar o governo federal a avançar em políticas estruturantes para o campo. Asinformações são da Agência Brasil.
A ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas 2025 e tem como tema a pergunta Lula, cadê aReforma Agrária?, em 24 estados e no Distrito Federal.
De acordo com o MST/SP, a pauta deste ano discute pontos como a liberação de créditos do Programade Aquisição de Alimentos (PAA/Conab) e a ampliação dos limites de compra por cooperativas efamílias assentadas; acesso universal ao Pronaf A e A/C, com facilitação nos trâmites erenegociação de dívidas, além de assistência técnica permanente para viabilizar a produçãode alimentos saudáveis e estruturantes agroindustriais.
Outros pontos em debate são Habitação no campo, com construção e reforma de casas emassentamentos e a inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o assentamentoimediato das mais de 5 mil famílias acampadas no estado de São Paulo, algumas em situação deespera há mais de 20 anos.
A agricultura no estado de São Paulo é capitalista e marcada pela monocultura eindustrialização, e não produz comida de verdade. É a agricultura familiar que assegura a basealimentar da população brasileira e, por isso, a ação de hoje exige que o Estado reconheça opapel estratégico da reforma agrária e da agricultura familiar para o desenvolvimento justo esustentável do campo e que cumpra os compromissos assumidos com o povo sem terra, afirma o MST.
A Superintendência do Incra em São Paulo informou que aguarda o recebimento da pauta do MST paraverificar o atendimento às reivindicações.
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo não se pronunciou.