São Paulo, 3 de setembro de 2025 – A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, durante osegundo dia de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que não há uma única prova daparticipação dele na trama golpista. Para o advogado Celso Vilardi, Bolsonaro foi dragado para osfatos investigados pela Polícia Federal. O ex-presidente não atentou contra o Estado Democráticode Direito.
Um processo com base em uma delação e em uma minuta encontrada em um celular de uma pessoa quehoje é colaboradora da Justiça. Esse é o epicentro, essa é a pedra de Tóquio do processo. Aminuta e a colaboração. Daí em diante, o que aconteceu com a investigação da Polícia Federale, depois, com a denúncia do Ministério Público é, na verdade, uma sucessão inacreditável defatos.
Foi achada uma minuta do Punhal Verde e Amarelo, uma minuta ou planilha de uma Operação Luneta e,como todos nós sabemos, ocorreu o trágico episódio de 8 de janeiro, disse. Não há uma únicaprova que atrele o presidente ao Punhal Verde e Amarelo, à Operação Luneta e ao 8 de janeiro.Aliás, nem o delator, que eu sustento que mentiu, chegou a dizer participação em Punhal, emLuneta, em Copa, em 8 de janeiro. Nem o delator. Não há uma única prova.
Para Vilardi, o ex-ajudante de ordens e delator Mauro Cid não é “confiável” e mudou de versãodiversas vezes em seus interrogatórios. Para ele, as contradições do tenente-coronel são motivospara anulação da colaboração premiada.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a a julgar ontem (2) o ex-presidenteJair Bolsonaro e mais sete aliados pela trama golpista. Eles fazem parte do núcleo crucial dadenúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
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