SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, reunirá seu gabinete de segurança nesta semana para decidir sobre os próximos passos na guerra em Gaza após o fracasso das negociações de cessar-fogo com o Hamas.
Ministros do governo ouvidos pela mídia local relataram que o premiê fala em ocupar toda a Faixa de Gaza. A emissora israelense Channel 12 citou nesta segunda um funcionário do gabinete de Netanyahu ao dizer que o governo pretende expandir a ofensiva e tomar todo o território palestino.
No último sábado (2), durante uma visita ao país, o enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, disse que estava trabalhando com o governo israelense em um plano que efetivamente acabaria com a guerra em Gaza. Mas autoridades israelenses também apresentaram ideias, incluindo expandir a ofensiva militar em Gaza e anexar partes do território palestino.
As negociações fracassadas de cessar-fogo em Doha tinham como objetivo fechar acordos sobre uma proposta apoiada pelos EUA para uma trégua de 60 dias, durante a qual ajuda seria enviada para Gaza e metade dos reféns mantidos pelo Hamas seriam libertados em troca de prisioneiros palestinos presos em Israel.
Depois que Netanyahu se encontrou com Witkoff na última quinta, uma autoridade israelense disse que “um entendimento estava surgindo entre Washington e Israel” sobre a necessidade de mudar de uma trégua para um acordo abrangente que “libertaria todos os reféns, desarmaria o Hamas e desmilitarizaria a Faixa de Gaza” as principais condições de Israel para acabar com a guerra.
Uma fonte familiarizada com o assunto disse à agência de notícias Reuters no domingo que a visita do enviado foi vista em Israel como “muito significativa”. Mas mais tarde, também no domingo, a autoridade israelense sinalizou que a busca por um acordo seria inútil, ameaçando usar mais força.