SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) participou do ato bolsonarista realizado neste domingo (3) na avenida Paulista, em São Paulo, e pediu a prisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, a quem chamou de “violador de direitos humanos”.
Dirigindo-se diretamente a Moraes, Nikolas disse “você sem a toga não sobra nada” e mencionou as sanções aplicadas pelo governo americano ao ministro. “Eu posso usar cartão de crédito. Posso usar as redes sociais e ainda usar pente de cabelo”, afirmou, adotando um dos discursos mais agressivos dos atos em direção ao magistrado.
O deputado disse que deseja ver Moraes preso. “E, por último, mas não menos importante: para que Alexandre de Moraes esteja atrás das grades”, declarou.
Nikolas também aproveitou para criticar a medida que impõe o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-ministro Jair Bolsonaro (PL). Segundo, o deputado, Bolsonaro foi “condenado por um golpe fictício”.
“Nós estamos lutando para que um dia corruptos de verdade usem tornozeleira eletrônica. Para que bandidos usem tornozeleira eletrônica. Para que quem rouba dinheiro do INSS use tornozeleira eletrônica. Para que o Lula use tornozeleira eletrônica”, disse.
Nikolas também usou a morte de Clériston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão, para atacar o ministro, e disse que o Supremo vem “escalando” medidas contra bolsonaristas desde a prisão do ex-deputado Daniel Silveira.
Antes de discursar em São Paulo, Nikolas já havia participado pela manhã de um ato em Belo Horizonte.
Bolsonaristas voltaram a protestar em diversas cidades do país, neste domingo, com pedidos pela anistia de Bolsonaro, réu acusado de golpismo, e ataques a Moraes.
O principal ato, em São Paulo, começou nesta tarde sem a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que marcou um procedimento médico para a mesma data.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto e o pastor Silas Malafaia estiveram entre os destaques. Bandeiras com exaltação ao presidente dos EUA, Donald Trump, são uma das marcas da manifestação, assim como gritos de “fora, Moraes”.