[AGÊNCIA DC NEWS]. Você pode até não saber qual é o seu, mas a psiquê humana é tradicionalmente dividida em quatro temperamentos. Na prática, isso significa que suas inclinações, personalidade e reações definem como funciona sua estrutura emocional. O desenho do comportamento humano, apesar de estudado desde a Grécia antiga, ganhou os atuais contornos com o psicólogo britânico H.J.Eysenck que dividiu os temperamentos em colérico, sanguíneo, fleumático e melancólico. Cada um deles é marcado por uma série de características e preferências específicas que atravessam o tempo, a cultura e a geografia.
A seguir, pensando em cada um dos perfis emocionais, apresentamos exposições no Centro de São Paulo que se encaixam perfeitamente com cada um deles.
E se você não faz ideia de qual é o seu temperamento, você pode fazer um teste rápido aqui
Temperamento colérico


vezes excluídas dos circuitos tradicionais
(Divulgação/Centro Cultural Banco do Brasil)
Pessoas coléricas são líderes natos, autoconfiantes, decisivas, assertivas e buscam resultados rápidos. São também ambiciosas, sarcásticas, dominadoras e com propensão a reações explosivas. Questionador e transgressor, o colérico é apaixonado no sentido mais literal da palavra. Tudo é intenso e por isso a melhor dica de exposição é para celebrar a vida de um artista que tinha estas características. A mostra Indomináveis Presenças foca em valorizar as perspectivas negras, indígenas e LGBTQIAPN+ nas artes brasileiras, a partir de um olhar disruptivo, inclusivo e transformador.
As obras são representadas nos mais diversos formatos, como gravuras, fotografias, pinturas, esculturas, performances e obras criadas com recursos de inteligência artificial. A partir de uma abordagem singular sobre história, identidade e percepção, os processos artísticos se entrelaçam para questionar e transformar a forma como vemos e representamos o Brasil.
Indomináveis Presenças está exposta no Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Álvares Penteado, 112 – Centro) até o dia 07 de abril. Mais informações no site.
Temperamento sanguíneo

(Museu da Língua Portuguesa/Divulgação)
Pessoas sanguíneas são extrovertidas, otimistas, expansivas, dinâmicas e carismáticas. São também curiosas, gostam de explorar novas situações e de estar rodeadas de pessoas. Para este perfil, exposições interativas são as melhores apostas e o uso de sentidos no processo pode transformar uma experiência comum em algo a ser lembrado para sempre. Para você, meu caro sanguíneo, uma excelente escolha é a exposição Vidas em Cordel – mostra de histórias contadas no formato de literatura de cordel e baseadas em narrativas de depoimentos de pessoas comuns e personalidades.
A edição do Museu da Língua Portuguesa conta ainda com três histórias inéditas, de pessoas que viveram e trabalharam na região da Luz. Para aqueles que gostam de uma experiência diferente, uma cabine disponível na exposição coleta depoimentos dos visitantes, que serão incluídos no acervo do Museu da Pessoa.
A exposição fica no Museu da Língua Portuguesa (Praça da Luz, s/nº, Centro) até o dia 30/03/2025. Mais informações no site.
Temperamento fleumático

(Divulgação)
Pessoas fleumáticas são calmas, tranquilas, introvertidas, pacíficas, dóceis e sonhadoras. São também racionais, adaptáveis, gostam de pensar antes de agir e de ter o seu próprio espaço. São pessoas espiritualizadas com facilidade para se conectar com música, filmes, cores e sensações. Nesse caso, a escolha ideal é o projeto Sobre a Cor, que acontece no Espaço Ora. Dirigido por Carollina Carreteiro, a exposição inaugural do espaço explora as complexas potencialidades da luz através da cor, reunindo obras de artistas consagrados e novas vozes do cenário contemporâneo.
A exposição é um diálogo entre gerações e perspectivas, com obras de artistas como Hélio Oiticica, Sérgio Camargo, Daniel Mello, Enorê, Flora Leite, Janaína Wagner, Diego Crux, entre outros. Eles convidam o público a refletir sobre a cor não apenas como um elemento visual, mas como um veículo de forças espirituais e emocionais que conectam o indivíduo ao cosmos. Segundo Carolina, a exposição foi pensada com os princípios da Cabala Hermética, “onde as cores são vistas como expressões das forças espirituais que permeiam o universo”, disse. A mostra também incorpora a Teoria das Cores de Goethe, que propõe uma abordagem mais subjetiva e emocional sobre as cores.
A exposição fica no Espaço Ora (Rua Líbero Badaró, 336, 1º e 4º andares – Centro Histórico) e segue aberta ao público até o dia 3 de março.
Mais informações no Instagram.
Temperamento melancólico

(Beto Assem/Pinacoteca)
Pessoas melancólicas são nervosas, e excitáveis, tendem ao pessimismo, rancor e solidão. Mas também são indivíduos intelectuais, interessados em conhecimento e reflexões sobre a dimensão e fragilidade da vida. Detalhistas e talentosos, costumam ter um olhar profundo para situações que passariam despercebidas por outros. E a exposição ideal para olhar, refletir e elevar o pensamento é a exposição Domingo no Parque, na Pinacoteca.
A radicalidade do trabalho da artista Renata Lucas se evidencia no confronto não apenas com a escala das três salas expositivas do museu, mas também a fachada e a praça em frente ao prédio da Pina Estação, localizada no Largo General Osório. Na fachada do edifício, um grande letreiro estampa a frase “Amanhã não tem feira”, trecho da música de Gilberto Gil, que só pode ser lida inteiramente a partir da praça.
A exposição fica na Pinacoteca (Largo General Osório, 66, Santa Efigênia) e segue aberta ao público até o dia 6 de abril.