BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Deputados e senadores de oposição, majoritariamente do PL, sentaram nas mesas dos plenários da Câmara e do Senado com a intenção de impedir que haja sessão plenária nesta terça-feira (5), dia em que o Congresso retoma os trabalhos após o recesso.
Os parlamentares afirmam que vão obstruir as sessões até que os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PR), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AL), decidam colocar em votação os temas que interessam ao bolsonarismo, como anistia aos acusados de golpismo, fim do foro privilegiado e impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), a anistia será levada para votação caso Motta saia do país, o que levaria o primeiro vice-presidente, Altineu Côrtes (PL-RJ) a comandara a Casa.
“Se Hugo Motta sair do país, o primeiro vice presidente, Altineu Cortês, irá pautar a anistia ampla geral e irrestrita”, publicou no X.
Motta e Davi não se manifestaram até o momento. O presidente da Câmara está na Paraíba, onde faz visitas a hospitais acompanhado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT).
O movimento de pressão é uma resposta à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), decretada por Moraes nesta segunda (5).
Na Câmara, os deputados usavam faixas para tampar a boca, num protesto pelo que consideram ser censura. Segundo o líder do PL na Casa, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), os parlamentares não vão desocupar as mesas “até que os presidentes de ambas as Casas busquem uma solução para pacificar o país”.