São Paulo, 5 de agosto de 2025 – Os Estados Unidos afirmaram que precisam desenvolver fontes deenergia na superfície da Lua para competir com a China na nova corrida espacial. Sean Duffy,secretário de Transportes e administrador interino da NASA, declarou que identificar e instalarsoluções energéticas, como energia solar em pontos estratégicos e, principalmente, um reatornuclear, será fundamental para garantir uma presença sustentável de astronautas americanos na Luae apoiar futuras expedições a Marte. As informações são da agência de notícias “Sputnik”.
Duffy explicou que, para viabilizar uma base lunar habitável e utilitária, é crucial contarcom fontes de energia robustas. A NASA pretende iniciar com um sistema de 100 quilowatts instaladona Lua, suficiente para as necessidades iniciais de uma base, embora sem detalhar se a fonte inicialserá solar ou de outro tipo. Ele reforçou, no entanto, que a energia nuclear é a correntepreferida por ser mais confiável diante dos ciclos extremos de luz e escuridão lunar, ondepainéis solares enfrentam grandes limitações.
O plano dos EUA busca acelerar a instalação do reator antes dos chineses, pois há receio deque, caso China e Rússia consigam estabelecer primeiro uma infraestrutura energética, possamdeclarar zonas de exclusão e limitar a presença americana. Por isso, a diretriz da NASA prevênomear um responsável pelo projeto em 30 dias, buscar soluções junto à indústria em 60 dias eentregar o reator até o final de 2029, antecipando-se aos planos sino-russos de uma usinaoperacional até 2035.
A estratégia norte-americana responde diretamente ao aumento das ambições da China e daRússia, que já firmaram parceria para montar uma estação lunar conjunta baseada em energianuclear. Essas iniciativas internacionais intensificam a competição geopolítica no cenárioespacial, tornando a supremacia tecnológica e o controle de recursos lunares uma questão centralpara o futuro posicionamento das grandes potências fora da Terra.
A NASA também pretende estabelecer rotas logísticas e missões automáticas à Lua logo apósa Artemis 3, prevista para 2027, com o objetivo último de construir uma base permanente nosatélite. Ao mesmo tempo, redireciona o foco orçamentário para projetos competitivos etripulados, tornando a energia lunar um fator chave para manter o papel de liderança global dos EUAna exploração do espaço.
Vanessa Zampronho / Safras News
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