São Paulo, 4 de agosto de 2025 – Os Estados Unidos poderão exigir depósitos de até US$15.000 para turistas e viajantes de negócios de determinados países, conforme um novoprograma-piloto anunciado pelo governo. A medida, que começa em 20 de agosto e terá duraçãoaproximada de um ano, permite que oficiais consulares estabeleçam garantias financeiras paravisitantes de nações com altos índices de permanência irregular ou quando as informações detriagem e verificação forem consideradas insuficientes.
Esses valores de caução podem variar entre US$ 5.000, US$ 10.000 e US$ 15.000, com aexpectativa de que na maioria dos casos seja solicitada pelo menos a opção intermediária. Oobjetivo é desestimular que turistas e viajantes ultrapassem o período permitido em seus vistos,uma vez que a quantia só será devolvida após o retorno comprovado do visitante ao seu país deorigem.
A política integra a abordagem do presidente Donald Trump de combater a imigração irregular,que envolve desde a restrição de fronteiras até a aplicação de proibições de viagem paracidadãos de 19 países considerados problemáticos para a segurança nacional. Muitas dessasnações, como Chade, Eritreia, Haiti, Mianmar e Iêmen, também figuram entre aquelas com maiorestaxas de permanência irregular de seus cidadãos nos EUA.
Levantamentos do governo indicam ainda que diversos países africanos, incluindo Burundi,Djibuti e Togo, apresentam índices altos de descumprimento do prazo de visto. O Departamento deEstado, entretanto, não informou quantos solicitantes poderão ser afetados de imediato pela novaexigência.
Uma iniciativa parecida chegou a ser lançada no final do primeiro mandato de Trump, em 2020,mas não foi implementada integralmente devido à queda no volume de viagens internacionais causadapela pandemia. Agora, com o reinício das restrições e incentivos financeiros, a expectativa éendurecer ainda mais o controle sobre quem entra e permanece nos Estados Unidos, em meio à queda daprocura por viagens ao país e ao barateamento das passagens aéreas transatlânticas.
Vanessa Zampronho / Safras News
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