Para Brainard, ex-Fed, há riscos de presidentes regionais do banco serem removidos em 2026 por Trump por ação política

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São Paulo, 26 de agosto de 2025 – A ex-vice-presidente do Federal Reserve, Lael Brainard,alertou que existe um risco real de que vários presidentes de bancos regionais do Fed possam serremovidos de seus cargos em 2026 por ação política do presidente Donald Trump. A declaração foifeita após Trump tentar destituir a governadora Lisa Cook, acusando-a de falsificar documentoshipotecários. Essa manobra poderia abrir espaço para que Trump passe a ter maioria de indicaçõesno Conselho de Governadores do Fed.

Brainard afirmou que Trump está antecipando uma mudança estrutural na composição do bancocentral, já que, em fevereiro de 2026, será decidida a renovação dos mandatos dos 12 presidentesregionais, sendo que cinco deles com direito a voto na definição das taxas de juros. Para ela, apressão política sobre Cook deve ser entendida no contexto mais amplo de um ataque direto àindependência do Federal Reserve.

Nos últimos meses, Trump tem criticado o presidente do Fed, Jerome Powell, e outros dirigentespor não cortarem os juros em 2025, alegando que as tarifas impostas pelo próprio governo estãoalimentando a inflação. Brainard classificou as tentativas de manipular a composição do ComitêFederal de Mercado Aberto (Fomc) como uma interferência sem precedentes. Segundo ela, essaingerência pode resultar em maior inflação, juros de longo prazo mais altos e perda decredibilidade internacional para a política monetária dos EUA.

Brainard, que foi nomeada ainda na administração de Barack Obama e serviu também no governode Joe Biden, disse que a substituição de múltiplos presidentes regionais seria equivalente aredesenhar artificialmente a maioria de votos no Fomc. Ela advertiu que tal ação teria efeitosnegativos diretos para a economia americana e reforçou que não se trata apenas de um ataque aindivíduos, mas sim a uma instituição que serve de pilar para a confiança do sistema financeiroglobal.

Com informações da Bloomberg.

Vanessa Zampronho / Safras News

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