Passei em revista os projetos prioritários em reunião com Motta

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São Paulo, 27 de agosto de 2025 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma rápidainteração com os jornalistas na parte da tarde, falou que se reuniu com o presidente da Câmarados Deputados, Hugo Motta, e que ‘passou em revista’ os projetos prioritários para serem votados nacasa.

“Tem a PL dos acionistas minoritários, que dá proteção a acionistas minoritários, a de leide falências, que está no Senado, a questão do IR evidentemente, a da inteligência artificialnós estamos trabalhando com o relator numa versão é definitiva. Conversamos um pouco sobre ReData[que prevê isenção do Imposto de Importação sobre equipamentos voltados a data centers de IA],que pode ser incorporado no projeto de inteligência artificial depois que for para o Congresso”,afirmou.

Segundo Haddad, Motta também falou sobre a reforma tributária sobre a renda, que é relatadapelo deputado Arthur Lira (PP-AL). “Inclusive, ele falou publicamente hoje antes desse encontro.Disse que o relatório do Lira chega com muita força no plenário porque foi aprovado porunanimidade”.Ele continuou. “Eu acredito que tem um acordo firmado, tanto o tributo sobre o consumo, e sobre arenda, que os dois projetos seriam neutros do ponto de vista fiscal. Isso valeu para a emendaconstitucional e eu espero que valha também para esse e o presidente Hugo reafirmou o compromissocom um projeto equilibrado do ponto de vista fiscal”.

Haddad justificou a reforma da renda e que há um apoio popular à taxação dos super-ricos doque à isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. “Não se trata só de isentarquem ganha menos. É também aquele que ganha mais de R$ 100 mil por mês contribuir com uma justaparte, uma alíquota que todo mundo paga”. Esse apoio popular, segundo ele, mostra a sensação deque há injustiça no Brasil e “que os super-ricos não contribuem com o mínimo que deveriamcontribuir”.

O ministro disse que não há prazo para a votação, e que Motta deve marcar uma reunião com aFazenda e os líderes da Câmara “para esclarecer as últimas dúvidas, qualquer dúvida queapareça, para nós encaminharmos ao plenário, mas eu senti firmeza. Senti que estamos bem. E osdados são muito robustos. Chamam atenção. É um começo para endereçar o tema da desigualdade,não é a solução da desigualdade, mas é o começo”.

Haddad também tratou com Motta da medida provisória do tarifaço, e falou também dos impactosdas tarifas dos EUA de 50% sobre produtos brasileiros. “Transferimos a gestão do plano para oBNDES, que vai operacionalizar. Tem setores que não vão recorrer a crédito, porque provavelmenteeles ainda não têm uma perspectiva de venda para outros mercados. Então, vai depender muito deempresa para empresa. Mas vai chegar o diagnóstico de cada setor”.

Ele explicou que há setores que lidam com commodity que não terão dificuldades deredirecionar suas exportações, mas há outros que terão mais problemas. “Tem encomendas sobremedida que são específicas para a indústria americana. Ela depende de insumos ou benssemielaborados que são produzidos aqui. Já está batendo a inflação nos Estados Unidos. Vocêsestão acompanhando isso. E nós anunciamos isso. Nós dissemos que o tarifaço ia acabarprejudicando o consumidor americano. E é o que está acontecendo”. Ao ser perguntado sobre se osecretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, havia dado algum sinal para retomar as negociações,Haddad disse que ‘não’

Por fim, sobre o Orçamento, Haddad disse que deverá ter correções, mas não falou sobremedidas adicionais de receita.

Vanessa Zampronho / Safras News

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