São Paulo, 29 de julho de 2025 – A produção total operada no Brasil e no exterior de petróleo,líquido de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras alcançou 4,189 milhões de barris deóleo equivalente por dia (boed) no segundo trimestre deste ano, alta de 12,1% na comparaçãoanual.
“Neste trimestre, tivemos o topo de produção do FPSO Duque de Caxias (Mero 3), com 180 mil bpd, ea entrada em operação do FPSO Alexandre de Gusmão (Mero 4), além da continuação do ramp-up doFPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios. Além disso, neste primeiro semestre, tivemos umaumento de produção no campo de Tupi, quando comparado ao mesmo período do ano passado,reforçando o cuidado com os campos em operação. Esses foram os fatores essenciais que nospermitiram alcançar, no 2T25, um recorde de produção operada, superando 4,1 milhões de boed.Isso é reflexo da competência de nossos times, cooperação dos nossos parceiros, resiliência dosnossos projetos, e eficiência das campanhas de manutenção, que, sem dúvida, sustentam aprojeção de produção futura da Companhia”, comentou Sylvia Anjos, diretora de Exploração eProdução, no relatório.
Já produção total foi de 2,909 milhões de boed, 7,8% acima do 2T24 e um aumento de 5,0% emcomparação ao 1T25. “Esse desempenho ocorreu, principalmente, em função do ramp-up dos FPSOsAlmirante Tamandaré, no campo de Búzios, Maria Quitéria, no campo de Jubarte, Anita Garibaldi eAnna Nery, nos campos de Marlim e Voador, do atingimento do topo de produção do Marechal Duque deCaxias e da entrada em produção do FPSO Alexandre de Gusmão, ambos no campo de Mero. Emcontrapartida, tivemos um maior volume de perdas por paradas e manutenções, além do declínionatural de produção. Neste trimestre, entraram em operação 14 novos poços produtores, sendo 7na Bacia de Campos e 7 na Bacia de Santos”, explicou a empresa.
No Brasil, a produção foi de 2,879 milhões de boed, crescimento de 8,1% na comparação com omesmo período de 2024. No exterior, a produção foi de 31 mil boed, baixa de 8,8% na mesma base decomparação.
No pré-sal, onde a empresa é dona natural e tem como foco, a estatal produziu 1,974 milhões debarris por dia (bpd), alta de 8,8% na comparação anual, e 6,5% superior à do trimestre anterior,devido, principalmente, ao ramp-up dos FPSOs Almirante Tamandaré, no campo de Búzios, MariaQuitéria, no campo de Jubarte, o atingimento do topo de produção do Marechal Duque de Caxias,além da entrada em produção do FPSO Alexandre de Gusmão, ambos no campo de Mero. Adicionalmente,a gestão eficiente dos campos em operação, com o exemplo do campo de Tupi, também contribuiupara o melhor desempenho da produção, além da entrada em operação de 8 novos poços, sendo 7 naBacia de Santos e 1 na Bacia de Campos.
“Registramos novo recorde de processamento de petróleo do pré-sal no 1S25, de 72%, superando orecorde anterior de 68% ocorrido no 1S24. A expressiva participação dos óleos do pré-sal nacarga processada evidencia, mais uma vez, o compromisso com a otimização do uso de óleos dopré-sal, contribuindo para a geração de derivados de maior valor agregado e para a redução dasemissões atmosféricas”, comentou a empresa.
A produção nos campos do pós-sal aumentou 1,6%, na comparação anual, e atingiu 311 mil bpd noperíodo. Em comparação à do 1T25, foi 4,6% inferior, principalmente em função do maior volumede perdas por paradas para manutenções e do declínio natural dos campos, parcialmente compensadospelo ramp-up dos FPSOs Anna Nery e Anita Garibaldi com a entrada de 4 novos poços, além de outros2 novos poços de projetos complementares na Bacia de Campos.
No segmento de Refino, o volume total de vendas, que engloba Brasil e exterior, foi de 2,983milhões de bpd, 1,6% maior na comparação anual, sendo 2,071 milhões no mercado interno, alta de1,4% e 912 mil no mercado externo, elevação de 1,9%.
O volume de vendas total de derivados foi de 1,714 milhão de bpd no 2T25, alta de 0,8% nacomparação com o 2T24. “No segmento de Refino, Transporte e Comercialização, as vendas dederivados no mercado interno no 2T25 apresentaram um crescimento de 1% em relação ao 1T25, comdestaque para a maior comercialização de GLP, gasolina e nafta. A produção de derivados no 2T25foi de 1.730 mbpd, 1,4% acima do volume produzido no trimestre anterior, com destaque paraprodução de diesel, 680 mbpd, um aumento de 2,4% em relação a do 1T25. A REVAP registrou recordetrimestral de produção de diesel S-10 no 2T25, de 44 mbpd, e a REPAR recorde histórico deprodução de gasolina no primeiro semestre de 2025, com média de 65 mbpd.”
Ainda na área de refino, o volume de produção total foi de 1,730 milhão de bpd no período,queda anual de 0,8%.
As vendas de gasolina no 2T25 registraram crescimento de 1,5% em relação ao 1T25, principalmentepelo aumento da demanda total de combustíveis do ciclo Otto e maior participação da gasolinafrente ao etanol entre períodos.
Além disso, observou-se um aumento de 9,8% no volume de vendas de GLP no 2T25 em relação ao 1T25devido, principalmente, a fatores sazonais, uma vez que o primeiro trimestre costuma apresentartemperaturas médias mais elevadas nos principais centros consumidores do país, o que resulta em ummenor consumo energético; e pela menor atividade da indústria de transformação no período.
As vendas de nafta no 2T25 registraram crescimento de 14,5% em relação ao 1T25, devido à base decomparação reduzida em virtude de parada da RNEST no primeiro trimestre.
Todavia, no 2T25, houve uma redução de 1,8% nas vendas de diesel em relação ao 1T25,influenciada, principalmente, pelo aumento das importações por terceiros, majoritariamente comorigem na Rússia; e pela menor demanda do segmento agrícola. Esses fatores foram atenuados pelomaior consumo sazonal no trimestre frente ao anterior.
A redução de 2,6% nas vendas de QAV no 2T25 frente ao 1T25 deve-se, sobretudo, ao efeito sazonal,já que o primeiro trimestre é o período de férias escolares e de festividades do carnaval, queimpactam positivamente o setor aéreo e, consequentemente, a demanda pelo combustível.
No 2T25, as vendas de óleos combustíveis recuaram 14,3% no comparativo com o trimestre anterior. Oprincipal fator foi a redução da demanda sazonal do segmento marítimo, com o fim da temporada decruzeiros. Por outro lado, houve aumento nas vendas para o segmento industrial, com uma maiordemanda da indústria de papel e celulose.
No período, as exportações líquidas somaram 526 mil bpd, redução anual de 3,8%, enquanto aimportação alcançou 348 mil bpd no trimestre, alta de 14,5% quando comparado ao mesmo período doano anterior. “Aumento das exportações líquidas devido ao crescimento da exportação depetróleo, resultado da maior produção de óleo associada à diminuição das vendas no mercadointerno, sendo esse efeito parcialmente compensado pelo aumento das importações de derivados,principalmente diesel, em razão da preparação para o período de maior demanda, e GLP, devido aovolume mais elevado de vendas no segundo trimestre”, comentou a Petrobras.
No semestre, a produção total operada da Petrobras no Brasil e no exterior de petróleo, LGN egás natural alcançou 4,084 milhões de boed, alta de 7,6% na comparação anual, enquanto o volumetotal de vendas da Petrobras totalizou 2,922 milhões de bpd, 0,1% abaixo do primeiro semestre de2024.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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