BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Último governador do PSDB, Eduardo Riedel deixou o partido e se filiou ao PP nesta terça-feira (19) durante a convenção da sigla para firmar uma federação com o União Brasil. Ele disputará a reeleição para o Governo de Mato Grosso do Sul e procurou uma legenda com maior estrutura, tempo de propaganda na TV e fundo eleitoral.
“O Brasil mudou. Me sinto muito confortável de vir ao PP e encontrar um grupo de lideranças políticas que carrega dentro dos seus valores e diretores os mesmos que eu carrego”, afirmou o agora ex-tucano, que ficou 20 anos no PSDB. “Me coloco como soldado, à disposição deste partido e de um projeto para o Brasil”, disse.
Riedel será o terceiro governador do PP. O partido também tem entre seus filiados o governador de Roraima, Antonio Denarium, e do Acre, Gladson Cameli.
Já o PSDB assiste a saída de todos os seus governadores eleitos em 2022. Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Raquel Lyra (Pernambuco) já tinham migrado para o PSD.
Junto com Riedel, os três deputados federais do PSDB no Mato Grosso do Sul também devem deixar o partido. Eles estudam se filiar ao Republicanos ou MDB. Já o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) deve se filiar ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e disputar vaga no Senado Federal.
As saídas ocorreram diante da perda de força do PSDB no cenário nacional. A sigla não teve candidato à Presidência da República em 2022, pela primeira vez desde que foi fundada, e viu diminuir suas bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado.
O PSDB chegou a eleger 99 deputados federais e sete governadores em 1998, além de contar com 16 senadores. Na eleição nacional passada, elegeu apenas 13 deputados federais, três governadores e nenhum senador. Em 2024, teve sua pior eleição municipal da história.
Os tucanos chegaram a aprovar uma fusão com o Podemos para se manterem com maior estrutura e evitar uma debandada de filiados, mas a operação foi abortada diante de divergências sobre quem deveria comandá-la.
Já o PP oficializará uma federação com o União Brasil nesta terça-feira, o que gerará a maior agremiação política do país, com maior número de deputados federais, senadores e governadores. A aliança terá que durar quatro anos e passar por duas eleições (2026, nacional, e 2028, municipal).