[AGÊNCIA DC NEWS]. O estoque de empregos formais no país cresceu 3,6% em 2023, atingindo 54,7 milhões (acréscimo de 1,9 milhão). Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O maior empregador é o setor de Serviços: 31,1 milhões, alta de 4,6% sobre o ano anterior – e 57% do total. Em seguida, vem o Comercio, com 10,3 milhões, 2,1% a mais (acréscimo de 221,5 mil postos de trabalho) e com 19% do estoque. Usada como base para pagamento de benefícios, a Rais se difere do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged, também do MTE, divulgado mensalmente) pela periodicidade (anual) e por incluir trabalhadores estatutários (setor público).
O total de estabelecimentos aumentou 2,5% e chegou a 4,6 milhões, sendo 1,6 milhão no setor comercial. As micro e pequenas empresas – com até 19 empregados, considerando comércio (até nove empregados) e indústria (até 19) – são 92% dos estabelecimentos. Concentram 14,8 milhões de empregados, ou 27% do total. São quase 400 mil a mais no ano. Segundo os dados da Rais, o maior número de empresas são as que têm de um a quatro empregados: 2,6 milhões (57% do total). Esse grupo reúne 8,9% dos trabalhadores (4,9 milhões). Assim, cada estabelecimento tem, em média, 1,9 empregado. Considerando todo o estoque de empregos formais e todos os estabelecimentos, a média é de 12 funcionários por empresa.
Segundo a subsecretária de Estatística e Estudos do Trabalho do MTE, Paula Montagner, o comportamento do mercado em 2023, analisado pela Rais, foi o esperado. “Não apenas devido à dinâmica do mercado de trabalho verificada no Caged, mas também pelo fato de o eSocial apresentar melhor cobertura do mercado de trabalho formal”, afirmou. Depois dos setores de Serviços (31,1 milhões de vínculos ativos) e do Comércio (10,3 milhões), vêm Indústria (8,7 milhões), Construção Civil (2,8 milhões) e Agropecuária (1,8 milhão). Os estatutários são 9,5 milhões, com maior crescimento entre os contratos por lei municipal e estadual. Toda a Administração Pública, que inclui celetistas, tem 14,9 milhões.
O rendimento médio (em dezembro de 2023) foi calculado em R$ 3.930,56, alta de 0,9% em relação a 2022. Cresce 15,1% nas indústrias extrativas, onde a média é de R$ 8.961,14. Entre os grupos de atividade econômica, o setor de Serviços lidera, com R$ 4.422,65, mas sem variação porcentual. Com média de R$ 2.802,76 (+4,2%), o Comércio fica à frente apenas da Agropecuária (R$ 2.66,57, +6,5%) e atrás de Indústria (R$ 4.182,40, +4,3%) e da Construção (R$ 3.091,39, +4,8%).