Resultado sólido do segundo trimestre de 2025 e dividendos de R$ 4 bi impulsionam ações

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São Paulo, 7 de agosto de 2025 – A Eletrobras divulgou o balanço do segundo trimestre de 2025(2T25), com lucro líquido ajustado de R$ 1,469 bilhão, alta de 43,3% em relação ao mesmoperíodo do ano passado (2T24). A companhia também confirmou o pagamento de R$ 4 bilhões emdividendos, “reforçando o compromisso com a disciplina financeira e a geração de valor aosacionistas”. Segundo a companhia, o resultado positivo reflete os efeitos positivos como venda deenergia e menores despesas com pessoal, material, serviços e outros (PMSO), “em linha com aestratégia de otimização da comercialização de energia e busca contínua pela eficiênciaoperacional”.

Às 13h20, as ações da companhia estavam entre as maiores altas do Ibovespa, com crescimento de8,26% (ON) e 7,90% (PN), a R$ 42,31 e R$ 45,34, respectivamente.

A Genial Investimentos disse que, mesmo os resultados ainda um pouco abaixo (-5%) de suasexpectativas, a companhia entregou uma importante continuidade na evolução de custos gerenciáveis(PMSO) e forte receita em geração. Esses fatores levaram a companhia a superar em +6% asestimativas do consenso.

“A figura trimestral é melhor do que àquela vista no início do ano. Isso ocorre principalmenteporque o principal desafio em relação a estratégia comercial de energia parece relativamentemitigado (essa linha teve uma piora de 35% a/a no 1T25 e de 7% a/a no 2T25). Além disso, osavanços em redução do PMSO continuaram, o que demonstra a disciplina da companhia emgerenciamento de custos. Outro sinal positivo foi a distribuição de R$ 4 bilhões em dividendos, oque geraria um yield de 4,5% sobre o preço atual de ELET3. Esse fator reitera ainda mais ovaluation atrativo do papel: Taxa Interna Implícita de Retorno de 13% em termos reais (vs. 7,0% emtermos reais nas NTN-Bs 2060), 5,4-4,8x EV/EBITDA 25-26E e um bom espaço para dividendos (yieldestimado 8% e 9% em 25E e 26E, respectivamente). Desse modo, a companhia continua nossa preferênciaem Utilities, com preço-alvo de R$ 51,50”, explicou a Genial.

A XP Investimentos disse que o resultado positivo do 2T25 vem após um período de revisõessequenciais para baixo nas expectativas pós-1T25 e um tom mais cauteloso da gestão. “Assim,enxergamos qualquer alta nas ações como uma reversão às expectativas anteriores do mercado, enão uma mudança nos fundamentos. Mantemos nossa recomendação de compra com preço-alvo de R$ 50para ELET3 e R$ 54 para ELET6”, comentou a XP.

O banco de investimentos ressaltou que sua recomendação de compra é baseada em preços de energiade longo prazo que eventualmente convergirão para seus fundamentos, com a companhia sendo a empresacom maior exposição a esse tema, na disciplina contínua na alocação de capital, que deveequilibrar retornos aos acionistas e crescimento (especialmente em transmissão), e na continuidadeda recuperação operacional, que deve gerar novas otimizações de custos.

A Ativa Investimentos disse que os números vieram mais fracos do que suas previsões. Ainda assim,houve avanço relevante na frente operacional, com redução de PMSO, menor estoque de compulsóriose progressos na recontratação da energia descontratada. “As bases do case seguem sólidas, e com aarbitragem resolvida, vemos espaço para as ações convergirem para múltiplos mais condizentes comseu potencial”, destacou a Ativa.

Junto aos resultados, a empresa comunicou a aprovação do pagamento de R$ 4 bilhões em dividendosintermediários, utilizando parte do saldo da reserva estatutária com base no resultado até 30 dejunho. O pagamento será efetuado em 28 de agosto, com os valores por ação definidos da seguinteforma: R$ 2,43 (PNA), R$ 1,93 (PNB) e R$ 1,76 (ON/golden share). O yield assim, considerando acotação atual é de 4,6% para ELET6 e 4,5% para ELET3. A data de corte na B3 será 15 de agosto,enquanto o record date das ADRs será 18 de agosto, com pagamento a partir de 5 de setembro.

A Empiricus disse que, na visão societária sem ajustes, a companhia apresentou um prejuízo de R$1,3 bilhão, afetado principalmente pelo impacto negativo de R$ 3,4 bilhões, reflexo daremensuração da RBSE, mas que não tem efeito caixa e cujo impacto já havia sido adiantado pelacompanhia em junho deste ano. A Eletrobras segue mostrando avanços no estoque de compulsórios (querecuou R$ 1,2 bilhão frente ao 1T25 e R$ 3,3 bilhões na comparação com o 2T24) e apresentoucrescimento de 15% no fluxo de caixa livre, que atingiu R$ 2,5 bilhões.

“Nos últimos 12 meses, o yield já supera 8%, reforçando a nossa visão de que a Eletrobras estáno caminho para se tornar uma ótima pagadora de dividendos. Por 10 vezes os lucros esperados para2026 e bom potencial de crescimento de resultados e dividendos, a Eletrobras segue com nossarecomendação de compra”, concluiu a Empiricus.

Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)

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