São Paulo, 7 de agosto de 2025 – A Rede D’Or divulgou ontem o balanço do segundo trimestre de2025, com lucro líquido R$ 1,13 bilhão, alta de 12,9% em relação ao mesmo período do anopassado. Já o lucro líquido ajustado atingiu R$ 1,18 bilhão, uma alta de 12,3% na mesmacomparação. Entre os fatores que compõem o resultado, a companhia citou a piora anual de 49,1% noresultado financeiro, que foi negativo em R$549,8 milhões no trimestre, devido às maiores despesasfinanceiras em função do aumento do CDI, além do lucro antes do resultado financeiro e impostos(imposto de renda e contribuição social) consolidado de R$1,9 bilhão e despesas com imposto derenda e contribuição social de R$215,3 milhões no 2T25.
Às 15h30, a ação da companhia subia 4,10%, para R$ 35,80.
A Ativa Investimentos disse que a companhia entregou um bom desempenho operacional, tanto no braçohospitalar, quanto na SulAmérica. Destaque para o crescimento de share de oncologia na receitabruta e pela diluição de G&A que possibilitou ganhos de margem ebitda. Por outro lado, maiorescustos com medicamentos e materiais de oncologia, bem como custos decorrentes de inaugurações,pressionaram a margem bruta no trimestre. A corretora manteve recomendação de compra, compreço-alvo de R$ 34/ação.
A Rede D’Or encerrou o 2T25 com 13.083 leitos totais, um aumento de 1.178 leitos (comparaçãoanual-YoY) e um aumento de 29 leitos (comparação trimestral-QoQ), resultado dos investimentos emcapacidade física em algumas de suas unidades. Os leitos operacionais aumentaram em 522 YoY e 265QoQ, para 10.413. A taxa de ocupação hospitalar ficou em 82,9%, -1,5 p.p. YoY e +5,9 p.p. QoQ, emlinha com a tendência sazonal histórica. O número de pacientes-dia atingiu 780,4 mil, +3,0% YoY e+11,7% QoQ, enquanto o volume de cirurgias veio 9,1% maior YoY e 4,8% maior QoQ e o número deinfusões medicamentais aumento 4,9% YoY considerando as unidades próprias da Rede DOr e suasinvestidas.
A XP Investimentos afirmou a companhia apresentou resultados positivos no 2T25, com as taxas deocupação dos hospitais voltando a níveis normalizados e números saudáveis da SulAmérica. Nonegócio de hospitais, a receita líquida cresceu 14% na comparação anual (+13% no trimestre),impulsionada pelo aumento dos dias-paciente (+3% ano a ano), resultado da ampliação de leitosoperacionais (+265 no trimestre) e da recuperação das taxas de ocupação (82,9%, retornando aníveis normais), combinados com um ticket médio mais alto (+9,1%), que elevaram a receita doshospitais.
O Santander ressaltou que os resultados acima do esperado foram impulsionados pelo segmentohospitalar, que registrou melhores receitas e margens. Os resultados da SulAmperica foram maisfracos desta vez, com receitas e sinistralidade em linha com as estimativas, mas as despesassurpreenderam negativamente, o que impulsionou a perda de EBITDA. “Do lado dos seguros, continuamosesperando um desempenho comercial positivo e uma melhora na MLR. No geral, acreditamos que a RedeDOr é uma empresa de alta qualidade que pode entregar um CAGR de EPS de mais de 20% nos próximos 5anos”, explicou o Santander, que manteve classificação outperform (compra) para ação dacompanhia, com preço-alo de R$ 34,50.
O BTG Pactual lembrou que alguns investidores pessimistas criticaram os negócios hospitalares dacompanhia, citando atrasos na aceleração após novos lançamentos.Nesse sentido, o segundo trimestre pode servir como um sinal de que o crescimento está voltando aostrilhos. “Como destacamos em nosso relatório recente, esperamos um desempenho forte, mas volátil,nos negócios hospitalares ao longo de 2025, com crescimento mais lento no início do ano e impulsomais forte no segundo semestre de 2025. Isso deve sustentar um melhor impacto das ações”, apontouo BTG.
O banco de investimentos disse que, olhando para o futuro, acredita que a companhia está bemposicionada para melhorar ainda mais a lucratividade de seu segmento de seguros, potencialmenteimpulsionando aumentos adicionais nos lucros, enquanto se beneficia de uma aceleração maiseficiente de suas operações hospitalaresapós as recentes expansões. “Reiteramos nossa recomendação de compra, e reafirmamos que continuaação da companhia continua sendo nossa principal escolha em nossa cobertura de saúde”, concluiu oBTG, que apontou preço-alvo de R$ 46.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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