Silveira celebra retomada da indústria hidrelétrica no Brasil após leilão de energia nova

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São Paulo, 22 de agosto de 2025 – O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, celebrou aretomada da indústria hidrelétrica no Brasil, nesta sexta-feira (22/08), com a realização doleilão de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) eUsinas Hidrelétricas (até 50 megawatts – MW). O Leilão de Energia Nova A-5, que seguiu asdiretrizes do Ministério de Minas e Energia (MME) e foi operacionalizado pela Agência Nacional deEnergia Elétrica (ANEEL) e pela Câmara de Comercialização de Energia (CCEE), contratou 815,6 MWde 65 novas usinas.

De acordo com os dados da CCEE, as usinas vão demandar investimentos de R$ 5,5 bilhões, quasemetade do esperado. Em seu discurso, no entanto, o ministro Alexandre Silveira estimou osinvestimentos em R$ 8 bilhões. O montante ficou abaixo das expectativas anunciadas anteriormentepelo governo, de contratação de 1 GW e investimentos de R$ 10 bilhões.

As Pequenas Centrais Hidrelétricas causam menor impacto ambiental e complementam as fontesintermitentes como a solar e a eólica. Além disso, as PCHs estão espalhadas no territórionacional, reduzindo a necessidade de investimentos em grandes corredores de transmissão, destacou oministro.

O preço médio alcançado no leilão foi de R$ 392,84 por megawatts-hora (MWh) e deságio de 3,16%.As novas hidrelétricas serão construídas em 13 estados e tem previsão de operação em 2030, comcontratos de 20 anos.

Silveira ressaltou a importância do leilão, que reaquece a indústria e a siderurgia nacional.Cada 1 GW contratado equivale a uma nova demanda de 120 toneladas de aço, por exemplo.

A retomada das hidrelétricas impulsiona a indústria brasileira. Dominamos todas as etapas dacadeia de produção, desde a engenharia até a operação. É demanda de aço para empresas comoGerdau, Usiminas e Arcelor Mittal. Também serão 2,5 milhões de metros cúbicos de concreto.Falamos de Votorantim Cimentos e Intercement, por exemplo. É alternativa para nossa indústriasiderúrgica, que atravessa um delicado momento em virtude das nefastas tarifas impostas pelosnorte-americanos. Me refiro à CSN, Açominas, Usiminas, Gerdau e Arcelor Mittal, afirmou oministro.

Por fim, o ministro ainda destacou que municípios que receberam hidrelétricas viram crescimentosignificativo do seu IDH (Indice de Desenvolvimento Humano), com impacto direto na renda e naqualidade de vida das famílias.

Além disso, os reservatórios das usinas hidrelétricas oferecem múltiplos usos para além dageração de energia. Abastecem os municípios de água para irrigação na agricultura familiar noagronegócio e favorecem a criação de peixes. E, em alguns casos, ajudam a impulsionar aindústria do turismo, com emprego e oportunidades para nossa gente. Elas desenvolvem o interior doBrasil, concluiu Silveira.

O leilão

O certame foi conduzido em conformidade com as diretrizes da Portaria nº 95/GM/MME, de 19 dedezembro de 2025, reafirmando os princípios que orientam a atuação do Ministério: respeito aoscontratos, segurança jurídica e previsibilidade regulatória.

A estratégia de contratação adotada reforça o compromisso do MME em viabilizar investimentossustentáveis, assegurar a expansão equilibrada da matriz elétrica brasileira e contribuir para atransição energética, por meio da valorização de fontes renováveis.

O leilão também destacou o papel estratégico das hidrelétricas de pequeno porte na matriznacional, ao promover a diversificação regional da geração, estimular o desenvolvimento local efortalecer a modicidade tarifária e a segurança do suprimento de energia elétrica para asociedade.

Leilão negocia R$ 26,5 bilhões

A Aneel informa que o leilão de Energia Nova A-5 de 2025, destinado à compra de energia elétricaproveniente de novos empreendimentos de geração de fonte hidrelétrica, foi concluído na manhãdesta sexta-feira (22/8) com R4 26,5 bilhões em contratos negociados. Realizado pela AgênciaNacional de Energia Elétrica (ANEEL) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica(CCEE), o certame foi exclusivo para construção de usinas de fonte hidráulica e viabilizou aconstrução de 65 delas, reunindo potência de 815,6 megawatts (MW). A diferença entre ovalor-teto do leilão e o resultado dele, um desconto de 3,16%, trará uma economia de R$ 864,8milhões para os consumidores brasileiros.

Nove distribuidoras fecharam contratos de compra de energia. Duas delas adquiriram mais da metadedos 384,5 megawatts-médios (MWm) negociados: a Amazonas Energia, que contratou 148,8 MWm, e aNeoenergia Bahia, que arrematou 87,0 MWm.

Entre as 65 novas usinas, estão 55 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), oito centrais geradorashidrelétricas e duas usinas hidrelétricas. Elas deverão ficar prontas e começar a arcar com aenergia contratada até 01/01/2030, com entrega por 20 anos.

As informações partem do MME e da Aneel.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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