São Paulo, 8 de setembro de 2025 – As taxas dos contratos futuros de DepósitosInterfinanceiros (DIs) fecharam em alta, próximas ao zero. Os drivers de hoje foram o cenáriopolítico e um movimento de correção.
Régis Chinchila – analista de research da Terra Investimentos, disse que “a pesquisa eleitoralrecente mostrou vantagem de Tarcísio de Freitas sobre Lula em São Paulo, porém com margem menorque a esperada pelo mercado, o que trouxe sensação de decepção. Além disso, o tom duro dogovernador contra o STF, acusando Alexandre de Moraes de “tirania”, acendeu alertas sobre o risco deconfrontos institucionais. A resposta de ministros do Supremo, como Gilmar Mendes, reforçou atensão no noticiário. Essa escalada política pesa diretamente nos juros futuros. A leitura deanalistas é que o Brasil carece de catalisadores positivos no curto prazo, o que torna os ativosmais sensíveis a ruídos locais”.
André Galhardo, economista-chefe da consultoria Análise Econômica, disse que vários fatoresimplicam nesse movimento de pressão nas taxas.
“Com o fechamento das taxas na sexta-feira, hoje vemos correção. Mas, o mercado enxerga que apressão nos vértices mais curtos é explicada pela possibilidade de um corte na Selic em dezembroao invés de janeiro, o ideal seria no primeiro semestre de 2026, em janeiro ou março. O corteviria antes devido a um cenário de inflação aqui relativamente benigno reforçado pelos dados deIGP-DI em agosto [ficou em 0,20%] e um contexto de mudança potencial no comportamento do Fed commercado de trabalho mais fraco. Outro ponto que pressiona é que apesar do fortalecimento doTarcísio de Freitas para concorrer à presidência, o Lula ainda é um candidato forte para ano quevem, o que pode ser ruim para contas públicas, e exigiria taxas mais elevadas, e pressionando os[vértices] longos”.
Por volta das 16h36 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,895% de14,890% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 13,930%, de 13,920%, o DIpara janeiro de 2028 ia a 13,245%, de 13,210%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,185% de13,160% na mesma comparação. O dólar subia 0,07%, cotado a R$ 5,4192.
Paulo Holland e Soraia Budaibes (Safras News)
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