São Paulo, 14 de agosto de 2025 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia deinauguração da fábrica da Hemobrás em Goiana (PE), fez duras críticas à postura do presidentedos Estados Unidos, Donald Trump, em relação ao Brasil. Lula afirmou que Trump cometeu uma”insensatez” ao justificar o aumento de tarifas por alegar déficit comercial dos EUA com o Brasil,o que, segundo ele, é uma mentira, já que os Estados Unidos tiveram superávit na relaçãocomercial entre os dois países. Ele destacou também que os dois países têm um longorelacionamento diplomático, com 201 anos de história.
Lula também repudiou as declarações de Trump sobre direitos humanos no Brasil, destacando queas acusações de perseguição a Jair Bolsonaro são infundadas. O presidente ressaltou que aCâmara dos Deputados deve agir, pedindo a cassação do deputado Eduardo Bolsonaro, que está nosEUA, a quem acusou de trair o país, classificando essa atitude como a verdadeira traição àpátria.
Sobre a gestão da pandemia, Lula foi enfático ao dizer que Bolsonaro deveria ser julgado peloTribunal Internacional pelas 700 mil mortes por Covid-19 no Brasil. O presidente reafirmou ocompromisso do governo em proteger a democracia e o Estado de Direito, anunciando a intenção decriar uma lei para regular as plataformas de redes sociais, a fim de impedir que essas ferramentascoloquem em risco os valores democráticos.
No campo das relações internacionais e econômicas, Lula afirmou que utiliza o mesmo tom dediálogo tanto com a Bolívia quanto com os Estados Unidos. Ele ressaltou que não permitirá que asempresas brasileiras sejam prejudicadas pelo chamado “tarifaço” americano, mas também destacou adisposição do Brasil em negociar e buscar novos mercados para seus produtos, com o objetivo degarantir o respeito internacional ao país.
“Queremos que o Brasil seja respeitado no cenário mundial. Estamos preparados para negociar,mas sem abrir mão dos nossos direitos e da proteção às nossas empresas”, concluiu Lula,reforçando a determinação do governo em equilibrar defesa econômica e diplomacia estratégica.
Vanessa Zampronho / Safras News
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