Tsunami é terremoto? Veja a diferença entre os dois fenômenos

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um terremoto de magnitude 8,8 atingiu a península de Kamchatka, na Rússia — o tremor teve epicentro a cerca de 19 km de profundidade. Segundo o USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos), a região está em uma zona de subducção, responsável por alguns dos terremotos mais fortes já registrados. A força do evento levou a NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos) a emitir alertas de tsunami que se estenderam a países como Japão e Estados Unidos.

Entenda como esses fenômenos ocorrem, em que se diferenciam e por que estão relacionados.

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O QUE É TERREMOTO

Terremoto é o tremor do solo causado pelo movimento das placas tectônicas, grandes blocos que formam a superfície da Terra. Essas placas se movem lentamente, como peças de um quebra-cabeça em constante ajuste. Quando ficam presas e a pressão acumulada se rompe de forma súbita, a energia liberada provoca o tremor.

Ondas sísmicas são as vibrações que se espalham a partir do epicentro do terremoto. Segundo o USGS, o epicentro é o ponto da superfície localizado diretamente acima da falha onde ocorreu a ruptura. Tremores mais superficiais tendem a causar maiores danos.

Os terremotos mais intensos acontecem em zonas de subducção. Nessas regiões, uma placa tectônica desliza sob outra, acumulando energia até o rompimento, conforme explica a NOAA.

Há também tremores secundários causados por erupções vulcânicas ou atividades humanas. Esses eventos são menos comuns e costumam ser menos destrutivos que os terremotos tectônicos.

O QUE É UM TSUNAMI

Tsunami é uma série de ondas gigantes formadas pelo deslocamento abrupto de grandes massas de água. Ele é geralmente provocado por terremotos submarinos, mas também pode ocorrer após erupções vulcânicas ou deslizamentos de terra.

As ondas de tsunami viajam pelo oceano em alta velocidade e quase não são percebidas em alto-mar. A NOAA informa que elas podem atingir até 800 km/h antes de perder velocidade e aumentar de altura ao se aproximar da costa.

Esse aumento súbito de altura das ondas é chamado de “run-up”. Estudos publicados na Science of Tsunami Hazards apontam que é essa elevação que causa as inundações e destruição típicas nas áreas costeiras.

RUPTURAS SUBMARINAS

O tremor em Kamchatka ocorreu em uma zona de subducção no Pacífico Norte, onde a placa do Pacífico desliza sob a placa norte-americana. Esse tipo de região concentra os terremotos mais fortes e os principais riscos de tsunami do mundo.

Rupturas submarinas nessas áreas empurram grandes volumes de água. Isso acontece quando a falha geológica no fundo do mar se rompe, deslocando a crosta oceânica e movimentando a água acima dela, segundo a NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos). Esse deslocamento é o que dá origem às ondas de tsunami que podem cruzar oceanos inteiros e atingir litorais distantes.

O terremoto de Kamchatka liberou energia suficiente para gerar ondas monitoradas em todo o Pacífico. Isso motivou alertas preventivos em países como Japão, Estados Unidos e regiões insulares, segundo a NOAA.

Tremores acima de magnitude 7,5 em áreas costeiras rasas têm alto potencial para gerar tsunamis. Essa avaliação do USGS levou à ativação dos protocolos internacionais de evacuação e monitoramento.

Confira um resumo das diferenças entre terremoto e tsunami:

Terremoto:

Tremor na terra causado pelo movimento das placas tectônicas.

Libera energia em forma de ondas sísmicas que fazem o solo tremer.

Seus efeitos se concentram perto do epicentro.

Tsunami:

Série de ondas no mar provocadas pelo deslocamento de água.

Geralmente surge após terremotos submarinos.

Pode atravessar oceanos e inundar áreas costeiras distantes.

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