UE apresenta hoje proposta de acordo com bloco sul-americano, mesmo com oposição da França e Polônia

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São Paulo, 3 de setembro de 2025 – A Comissão Europeia vai apresentar nesta quarta-feira aproposta de aprovação do acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o bloco sul-americanoMercosul, formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A proposta precisa ser aprovada peloParlamento Europeu e por uma maioria qualificada dos governos da UE, algo ainda incerto, já quevários países continuam resistentes ao acordo.

França, maior produtora de carne bovina da UE, e a Polônia, outro importante país agrícola,têm se manifestado contra o acordo, preocupados com a concorrência de produtos agrícolassul-americanos. Organizações ambientais e parte do parlamento, especialmente grupos verdes eforças de extrema direita, também se opõem, argumentando que o acordo poderia causar danosambientais e comprometer padrões europeus de segurança alimentar.

Para acalmar as preocupações, a Comissão propõe um mecanismo de salvaguarda que suspenderiao acesso preferencial para produtos sensíveis, como carne bovina, caso as importações aumentemmais de 10% em volume ou reduzam os preços na mesma proporção. Essa medida de defesa foidefendida pelo primeiro-ministro polonês Donald Tusk, que mantém oposição ao pacto, masreconhece a falta de aliados suficientes para bloqueá-lo.

A UE vê o acordo com o Mercosul como o maior já firmado em termos de redução tarifária econsidera-o essencial para diversificar suas parcerias comerciais, especialmente diante das tarifase tensões fiscais impostas pelos Estados Unidos. Desde a reeleição de Donald Trump, a UE tembuscado acelerar negociações com India, Indonésia, Emirados Árabes, além de aprofundar laçoscom Reino Unido, Canadá e Japão.

Além do Mercosul, a Comissão também apresentará uma versão atualizada do acordo comercialcom o México, firmado em janeiro, reforçando a estratégia europeia de ampliar e modernizar suasalianças comerciais globais.

Os defensores do acordo destacam que o Mercosul representa um mercado em expansão para carros,máquinas e produtos químicos europeus, além de ser uma fonte confiável de minerais críticospara a transição verde da UE, como o lítio usado em baterias, atualmente dependente da China. Oacordo também abriria melhores condições para queijos, presuntos e vinhos europeus no mercadosul-americano.

Com informações da Reuters.

Vanessa Zampronho / Safras NewsCopyright 2025 – Grupo CMA

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