BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O procurador-geral de Washington, Brian Schwalb, afirmou nesta quinta-feira (4) que processou o governo de Donald Trump pela mobilização federal da Guarda Nacional na capital do país.
A ação segue a Califórnia, que também entrou na Justiça contra a medida do presidente, argumentando que ele excedeu sua autoridade ao enviar as tropas na terça (2), um juiz proibiu o Trump de enviar as tropas ao estado da costa leste a partir da ação do governo californiano.
“Soldados armados não devem policiar cidadãos americanos em solo americano. A ocupação militar forçada do Distrito de Columbia [DC, onde fica a capital] viola nossa autonomia local e liberdades básicas. [A ocupação] precisa acabar”, escreveu Schwalb no X.
“DC não requisitou ou consentiu com a mobilização de tropas da Guarda Nacional. Ainda assim, há 2.300 soldados da Guarda Nacional nas nossas ruas em trajes militares, carregando armas, dirigindo veículos blindados. A mobilização deles em DC viola a Lei de Autonomia, promulgada pelo Congresso há 52 anos”, disse o procurador-geral.
Trump anunciou no último dia 11 o envio dos soldados da Guarda Nacional à capital, sob o argumento de que o crime na cidade estava “fora de controle”. Dados recentes, no entanto, mostram que, apesar de um pico em 2023, os indicadores de violência têm caído e indicam tendência de queda nos últimos 30 anos.
Na ocasião, o presidente declarou emergência em segurança pública para justificar as iniciativas federais na cidade, que durariam, inicialmente, 30 dias o período termina, portanto, na próxima semana. Trump tenta ampliar esse tempo, algo que, de acordo com a Lei de Autonomia citada por Schwalb, precisaria de aval do Congresso.
Nesta terça-feira (2), Trump disse que vai enviar tropas da Guarda Nacional a Chicago, lugar que chamou de “a cidade mais perigosa do mundo”, um dia após milhares de pessoas irem às ruas protestar contra o uso das forças federais em uma operação anti-imigração em larga escala prevista para ocorrer ainda nesta semana.
“Não quero dizer quando, mas vai acontecer [o envio de militares a Chicago]”, declarou Trump em entrevista ao Scott Jennings Radio Show.