Setor registra queda de 1,8% em março, aponta o Indice do Varejo Stone

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Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil

São Paulo, 14 de abril de 2025 – O Indice do Varejo Stone (IVS) apontou que as vendas do comérciobrasileiro voltaram a apresentar resultados negativos em março, com uma retração de 1,6% emrelação a fevereiro. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, a queda foi de 1,8%.

“O mercado de trabalho continua mostrando força, mas já dá sinais de desaceleração,principalmente no setor informal. A taxa de desemprego subiu entre dezembro e fevereiro, enquanto omercado formal surpreendeu positivamente com a criação de quase 200 mil vagas, segundo dados doCAGED. Esse cenário acaba mantendo a pressão sobre a inflação. Ao mesmo tempo, as famíliasestão mais endividadas. Esse aperto no orçamento, somado à inflação, tem pesado no consumo eajuda a explicar a perda de ritmo do varejo nos últimos quatro meses”, comentou Matheus Calvelli,pesquisador econômico e cientista de dados da Stone.

O comércio digital registrou queda mensal de 12,9% e o físico apresentou baixa de 0,1% emcomparação ao fevereiro. No comparativo anual, o comércio digital também teve retração, de13,1%, e o físico seguiu na mesma linha, com queda de 2,8%.

Na análise mensal, sete dos oito segmentos analisados registraram queda em março. As quedas foramobservadas nos setores de Material de Construção (5,5%), Tecidos, Vestuário e Calçados (3,4%),Móveis e Eletrodomésticos (2,7%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (2%), ArtigosFarmacêuticos (1,9%), Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (0,3%) e Combustíveis e Lubrificantes(0,1%). A única alta foi do setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidase Fumo (2,2%).

No comparativo anual, o segmento de Material de Construção teve o melhor desempenho, com alta de3,2%, seguido por Combustíveis e Lubrificantes, que cresceu 2,3%. Os demais setores registraramqueda: Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (13,6%), Móveis e Eletrodomésticos (8,8%), Tecidos,Vestuário e Calçados (3,9%), Artigos Farmacêuticos (3,5%), Outros Artigos de Uso Pessoal eDoméstico (3,2%) e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (1,3%).

No recorte regional, sete estados apresentaram crescimento no comparativo anual: Acre (2,1%), Pará(1,7%), Goiás (1%), Roraima (0,8%), Piauí (0,6%), Sergipe (0,5%) e Amazonas (0,3%).

Já entre os estados com resultados negativos, Rio Grande do Sul apresentou a maior queda, de 8,2%,seguido por Rondônia (5,5%), Rio Grande do Norte (5,2%), Mato Grosso do Sul (4,8%), Pernambuco(3,7%), Santa Catarina (3,4%), Distrito Federal e Paraná (2,9%), Bahia (2,7%), Ceará (2,4%), MinasGerais (2,2%), Tocantins (2%), Espírito Santo e Alagoas (1,7%), Mato Grosso e São Paulo (1,4%),Paraíba (0,5%) e Amapá (0,4%). O estado do Maranhão foi o único que reportou estabilidade, com0,0%.

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