CNU tem 62% de abstenção no nível intermediário

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Crédito: Miguel Ângelo/CNI

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O MGI (Ministério da Gestão e Inovação) disse nesta segunda-feira (19) que 62% dos inscritos no CNU (Concurso Nacional Unificado) de nível intermediário não compareceram para realizar a prova, registrando a maior taxa de abstenção entre os blocos do exame.

Os dados de pessoas inscritas que realizaram as provas nas 228 cidades foram consolidados nesta segunda-feira (19).

Ao todo, a abstenção ficou em 54,12%, com 970.037 pessoas tendo realizado a prova. Entre os candidatos que se inscreveram nas cotas de pessoas com deficiência, a abstenção foi menor: 39,28%.

Mais cedo, o MGI divulgou o número de candidatos por vaga aberta pelo CNU. A mais concorrida entre todas as áreas foi a de Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Informações Geográficas e Estatísticas, vinculada ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com somente uma vaga ofertada para um total de 28.534 inscritos.

A primeira edição do concurso foi marcada por um alto índice de abstenção, mas sem relatos de atrasos na aplicação, vazamentos e outros problemas na organização.

Durante a coletiva no domingo (18), a ministra Esther Dweck afirmou que o índice de abstenção já era previsto, considerando o histórico de concursos públicos. Ela citou como exemplo o concurso do Banco do Brasil, que registrou uma abstenção de 62%.

“O que era esperada é que seria uma abstenção em torno de 40% a 50% dado o histórico de concurso. Isso é até uma coisa curiosa, as pessoas se inscrevem, pagam a taxa de concurso e acabam não indo realizar a prova porque acham que não estão preparadas o suficiente, mudaram de perspectiva”, disse.

“O que nos surpreenderia era se fosse um número muito acima de 50%, o que não é o caso. Tem uma média em torno de 44% em concursos pequenos, tinha experiência do Banco Central, de 62%, e tinham concursos grandes, em torno de 50%. É uma questão da lógica das pessoas que se inscrevem para fazer concurso público e os motivos são os mais variados possíveis.”

Ela acrescentou que a menor abstenção ocorreu no Distrito Federal e a maior no Ceará. No entanto, não divulgou os percentuais.

A ministra destacou que o CNU deste ano transcorreu com pouquíssimas intercorrências. Segundo ela, apenas 0,2% dos locais de prova enfrentaram algum tipo de problema, como a falta de energia no Rio de Janeiro.

Esther disse ainda que 0,05% dos candidatos foram desclassificados por violar as regras do edital, o que corresponde a cerca de 500 pessoas. Entre os motivos de desclassificação está a saída com a prova sem autorização.

Veja a abstenção no CNU por bloco:

Bloco 1 – Infraestrutura, Exatas E Engenharia – 52,51%

Bloco 2 – Tecnologia, Dados E Informação – 50,75%

Bloco 3 – Ambiental, Agrário E Biológicas – 47,98%

Bloco 4 – Trabalho E Saúde Do Servidor – 48,05%

Bloco 5 – Educação, Saúde, Desenvolvimento Social E Direitos Humanos – 53,77%

Bloco 6 – Setores Econômicos E Regulação – 52,02%

Bloco 7 – Gestão Governamental E Administração Pública – 48,96%

Bloco 8 – Nível Intermediário – 62,05%