Com novas faixas do Minha Casa Minha Vida e bons resultados financeiros no segundo trimestre de 2024, Tenda Incorporadora é buy para BTG

Uma image de notas de 20 reais
Receita da companhia no primeiro semestre deste ano cresceu 11,7%
Crédito: Divulgação Tenda
  • A Tenda tem entregado margens brutas ajustadas acima de 30% nas novas vendas, gerando uma expectativa de lucros mais fortes no segundo semestre de 2024
  • Para Paloma Lopes, assessora de investimentos da Valor Investimentos, o possível aumento da Selic não vai afetar as ações da companhia
Por Victor Marques

O BTG manteve as ações da Tenda Incorporadora como recomendação na sua carteira de Small Caps (empresas com valor de mercado abaixo de R$ 15 bilhões). Conforme a análise, quem comprar a ação agora estará pagando 10 vezes o valor do lucro estimado para 2024. Olhando para 2025, o comprador vai pagar 4,5 vezes o valor do lucro esperado. “Temos uma visão otimista sobre habitação de baixa renda devido às mudanças no programa Minha Casa Minha Vida”, afirmaram os analistas do BTG. O valor atual dos papéis da Tenda estavam cotados a R$ 13,40 ao meio dia desta terça-feira (03). A ação variou -10,45% em 2024. Os resultados da companhia (revertendo prejuízo em lucro), também ajudam a explicar a análise do banco.

O banco ainda escreveu que a incorporadora tem entregado margens brutas ajustadas acima de 30% nas novas vendas, o que traz expectativa de que a empresa apresente lucros mais fortes no segundo semestre de 2024. “A Tenda já lançou R$ 660 milhões em novos projetos no início do terceiro trimestre de 2024, o que reforça a confiança em sua reestruturação”, disse o banco. Segundo Hudson Bessa, professor na FVG e no Insper, conselheiro da Associação Brasileira de Agentes Autônomos de Investimentos e sócio na HB Escola de Negócios, além das mudanças nos programas de habitação de baixa renda, o Brasil tem visto um aumento nos indicadores de renda. “A renda aumentou devido às políticas fiscais expansionistas do governo, principalmente nas classes C e D, que são alvo da Tenda”, afirmou. 

BOM RESULTADO – Além disso, a melhora nas margens da companhia contribuíram para a indicação de 4,5 vezes para o preço lucro esperado para 2025. As margens brutas ajustadas cresceram 5,6%, de 22,5%, no primeiro semestre de 2023, para 28,2% no primeiro semestre de 2024, e o lucro subiu de R$ 307 milhões para R$ 429 milhões. A receita da companhia no primeiro semestre deste ano cresceu 11,7%, de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,5 bilhão. No mais, a empresa saiu de um prejuízo líquido (bottom line) de R$ 52 milhões para um lucro de R$ 9 milhões na comparação no mesmo período. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado cresceu 92,8%, de R$ 97 milhões para R$ 187 milhões. Para Paloma Lopes, assessora de investimentos da Valor Investimentos, o possível aumento da Selic não vai afetar as ações da companhia. “A Tenda tem contratos fechados para o Minha Casa Minha Vida, o que garante taxas especiais para os financiamentos”, disse.

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