Com práticas ESG, incorporadora Capital Concreto lança hub com sete empresas e visa faturamento de R$ 1 bilhão em 2025
Primeiro prédio do Capital Hub será construído com práticas sustentáveis e inovadoras
(folha press)
O Capital Hub é formado pelas empresas Agência Craft, Elleven Engenharia, Gemini, Lynkos, MagoLab, Prime Share e Squadra
O Stay NK será o primeiro edifício do hub. Começa a ser construído no início do ano que vem, no bairro Nova Klabin, na Zona Sul de São Paulo
Por Naira Zitei
Sete empresas unidas num mesmo pacote, com o objetivo de implantar práticas da agenda ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança) na construção civil. Foi o que fez a incorporadora Capital Concreto, ao lançar o Capital Hub. A iniciativa une companhias com diferentes funcionalidades, para construir empreendimentos com soluções sustentáveis. Nesse grupo, estão Agência Craft, Elleven Engenharia, Gemini, Lynkos, MagoLab, Prime Share e Squadra. Segundo Mariana Menezes, sócia da Capital Concreto, as empresas que integram o hub são dos segmentos de finanças, tecnologia e imóveis e juntas projetam um faturamento de R$ 1 bilhão até o final de 2025.
“Um dos nossos pilares é incorporar iniciativas digitais e inovadoras, que permitam, por exemplo, o reuso de materiais e a redução do consumo de água”, disse ela. O primeiro prédio a ser erguido já com todo o hub envolvido começou este ano e foi batizado de Stay NK. Empreendimento fica no bairro Nova Klabin, na zona sul de São Paulo. A liderança do projeto é constituída somente por mulheres e tem uma abordagem sustentável e de regeneração ambiental – quando um lugar é revitalizado para incorporar elementos da natureza. “A partir desse empreendimento, todos os demais seguirão os mesmos princípios”, afirmou Mariana.
De acordo com a exeucitva, para seguir um dos pilares das práticas ESG, a Capital Hub coloca o protagonismo feminino como uma das prioridades. Tanto que Mariana tem buscado mulheres para trabalhar também no canteiro de obras. De acordo com a executiva, esse recrutamento é feito com a ajuda de ONGs e institutos que oferecem cursos de capacitação. “São instituições que, muitas vezes, atendem a pessoas em situação de vulnerabilidade social e que estão em empregos informais”. Ela destaca, ainda, que, pelo fato de o trabalho em obras oferecer certos riscos, os colaboradores geralmente são contratados em caráter formal e com direito a todos os benefícios trabalhistas e seguros.
Mariana Menezes busca protagonismo feminino no canteiro de obras (Capital Concreto/Divulgação)
SOLUÇÃO – A executiva afirmou ainda que o Capital Hub também surgiu como solução para investidores. “O futuro do setor envolve entregas de imóveis prontos para morar, para evitar o gargalo de reformas após a compra”. Por isso, além das empresas do hub, as obras terão parcerias de companhias de móveis e decoração, para que o cliente possa receber o apartamento pronto para morar ou alugar.
Outra iniciativa que o Capital Hub quer implantar é o que Mariana chama de democratização do investimento no setor imobiliário. “A Lynkos, por exemplo, é uma empresa de crowdfunding (financiamento coletivo), que foca no mercado de imóveis”, afirmou. “Com ela, queremos trabalhar com tiquetes menores (valor que o comprador pode investir para ter uma parte do imóvel), de até R$ 30 mil, para tornar o negócio mais acessível”. A ideia é que, no futuro, haja tiquetes de até R$ 1 mil.